Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

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Jul 10

Neste processo de obstinação em curso, o lusitano léxico continua a encontrar, quotidianamente, novas variantes para o verbo mendonçar. Isto é, ninguém entende correctamente a “newspeak” do ministerialês, pelo que tem que ser emitida interpretação autêntica, a partir do gabinete do mesmo ministro, ou através de uma conferência de imprensa de quem acredita que o discurso politiqueiro é construtivista da realidade, sobretudo daquela ponte do tédio que vai daqui para o não-lugar. Ontem silvapereirizou-se, anteontem canavilhou-se, hoje foi a ministra que tem Walter Lemos como ajudante, e quase todos  vão dizendo que afinal não vimos, não ouvimos e não lemos. Aliás, só podemos colmatar as lacunas de competência recorrendo a Pitágoras, a Trismegisto e não a essa ciência exacta  do discurso de um psicodrama que se aproxima, cada vez mais, do perfil de um João Franco e de um António Maria da Silva. A aritmética parlamentar e o decretino ministerialista já não coincidem com a divina geometria política. Estamos mesmo à beira de uma necessidade de refrescamento da legitimidade de exercício, bem diversa do presente uso e abuso da mera legitimidade de título...

publicado por José Adelino Maltez às 17:03

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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