28 de Junho de 2011
Já a palavra empresa aparece cento e vinte vezes... Por outras palavras, é, com efeito, a medida de todas as coisas. Isto é, gastou-se pelo uso e perdeu-se pelo mau uso da falta de ideia de obra.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
A palavra combate aparece 38 vezes... Luta, só uma vez, e contra a violência doméstica. Nação e pátria, nunca. República, só para compromissos internacionais, uma vez. Comunidade, 26 vezes, mas sem nunca ter o sentido que lhe deu o Infante D. Pedro...
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Dez das catorze vezes em que aparece a palavra universidade, ela é precedida ou está dependente da palavra empresa, nunca rimando com humanismo...
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Em quatro das cinco vezes, a corrupção aparece sob os auspícios da palavra "combate", banalizando os dois termos e gerando contradições, porque uma vezes é posta ao nível do combate "a posições dominantes", outras vezes aos "conflitos de interesses", para atingir o seu auge como secção da política desportiva: "erradicar fenómenos como a corrupção, a violência, a dopagem, a intolerância, o racismo e a xenofobia".
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Qualquer especialista no estudo dos novos métodos de análise do conteúdo que pegasse no programa de governo, poderia chegar a conclusões interessantes sobre o conflito de discursos ou a banalidade de alguns "sound bites". Comecei por espreitar a questão da corrupção, que aparece cinco vezes...
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José Adelino Maltez partilhou uma nota através de Leonor Martins de Carvalho.
28 de Junho de 2011
Fiquei emocionado a ler esta confissão, quase contemporânea do meu nascimento: "Confesso-me inocente da culpa de haver nascido com alguma tendência para endireitar o mundo, em cada caso ouvindo pessoas discretas dizerem-me que era torta a vara da minha justiça. Então olhava para ela e parecia-me direita... quem serve ao comum, não serve a nenhum". Leiam tudo e confirmem que só é novo aquilo que se esqueceu.
Um legado do avô
…
Em presença deste sumário de inquietações, mudanças e perseguições, não posso dizer que fiz uma carreira oficial, digna de apresentar-se como exemplo a seguir por quem tenha ambições ou aspire à satisfação de as ver realizadas.
Confesso-m...
Continuar a ler...
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Bastava uma dúzia de decretos à Mouzinho da Silveira para refundar o Estado onde ele faz falta e extingui-lo no que ele é inútil. E somando reforço com abolição, a conta seria bem menos mesada. Por outras palavras, não chega liberalizar, impõe-se a libertação. Até dos chamados liberalizadores de fachada.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
O estado a que chegámos é, ao mesmo tempo, pequeno demais e grande demais. Pequeno demais para os nossos grandes problemas. Grande demais para os pequenos problemas do quotidiano, quando os poderosos, fracos perante os grandes, se vingam nos pequeninos. Apenas estou a glosar Daniel Bell e a rir-me do espectáculo e da retórica do estadão.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Um velho amigo que agora voltou ao situacionismo e ficou assim aliviado, ainda há pouco lamentava aquilo que qualificava como "radical irredentismo". Gostaria mesmo de não ter razão neste meu desassossego com os pés no chão, mas não me conformo com os conservadores do que está e que estarão. Prefiro seguir meu signo de pensar ser dizer não, principalmente depois de ler a confirmação do rotativismo.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
O governo quer “reduzir substancialmente” o “Estado paralelo”, ou seja, a reavaliação dos institutos, fundações, entidades públicas empresariais, empresas públicas ou mistas ao nível da Administração Regional e Local. Mas num minstério fica a administração pública, no outro, a "reforma administrativa", assim mantendo o duplo Estado, o dos macros e o dos micros, como se o pagante não fosse o mesmo.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
A retórica ratoeira: “Cada ministro é responsável pelo estrito cumprimento dos limites orçamentais fixados para o seu ministério. Eventuais desvios serão compensados pelo próprio dentro do mesmo exercício”. O próprio não é o ministro, é o ministério...
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Governo quer mais celeridade nos processos relativos a direitos da personalidade. A privatização de um dos canais públicos a ser concretizada oportunamente e em modelo a definir face às condições de mercado. Será apresentado “um novo PRACE que será objecto de uma execução rigorosa e ambiciosa”. Eis algumas das novidades, segundo as parangonas. Dá para muito e para o seu contrário.
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28 de Junho de 2011
Passei depois para a revista Homens Livres – Livres da Finança & dos Partido: "Anima-nos o mesmo fogo sagrado contra a barbaria dos tempos presentes, - é nosso comum mandamento desafrontar o claro sorriso de Minerva das fumaradas insolentes de Vulcano...A esse brado respondemos sempre a tudo que seja por Portugal e a que não falte o selo dignificador da inteligência".
1923 - António Sardinha, Almas Republicanas
www.angelfire.com
[Este texto foi publicado pela primeira vez na revista Homens Livres, onde se juntaram seareiros e integralistas, por duas semanas, em 1923. No subtítulo da revista, todos se afirmaram "livres da finança e dos partidos", inscrevendo "Livres e seguros" de Camões como epígrafe. O t
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Depois de ler o "download", decidi reler outros programas de outras eras. Por exemplo, o da "Seara Nova" de 1921. Basta comparar. Até para me penitenciar face ao que, durante muito tempo, a minha ignorância pouco douta, julgou de Sérgio. Quando ainda não tinha compreendido o que devia ser um reformador à Descartes sem cartesianismo.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Se um sujeito sempre foi conformista face ao micro-situacionismo, é previsível que continue a ser conservador do que está, quando é elevado às alturas do macro-ministerialismo. Daí o telefonema que recebi de um anterior ministro socrático, rindo-se a bandeiras despregadas: "como vês, ainda continuo no poder, pelo menos no mental, nem estas quixotadas prometidas conseguem livrar-se da minha pesada herança"
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Quando eu era um miúdo, cheguei a ser especialista em programas de governo, nomeadamente nos presidenciais. Sei como se fazem essas coisas com assessores e adjuntos, como eu fui. Foi e é um erro, esse de programar discursos antes de fazer coisas. Porque, como dizia Camões, vale mais experimentá-lo que julgá-lo, mas que o julgue quem não pode experimentá-lo.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Faltam ideias claras de reformismo, sendo marcante a cedência ao politicamente correcto da velha pilotagem automática, dando esperança às forças da inércia, numa confusão de estilos que revela sincretismo de fichas e certas banalidades discursivas. Será um texto devorável pelo contexto e onde o estilo dos ministeriáveis e a ditadura das circunstâncias acabará por ser predominante.
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Acabei de ler o programa de governo. Um espaço de transacção entre o programa Catroga, as ideias pessoais de alguns ministros e a falta de ideias consolidadas dos dois partidos da coligação. Nalguns casos, tornam-se impenetráveis as cláusulas gerais e os conceitos indeterminados e metade do texto poderia ser subscrito pelos anteriores governantes socráticos.
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28 de Junho de 2011
Distraído, não reparei, em pormenor, nesta de Carlos Fragateiro andar a ser processado. Mas ao ler a entrevista que anexo, apenas apetece comentar: a questão não é surrealista, é estúpida! Como se as leis não fossem juízos de valor sobre conflitos de interesses e a liberdade criativa não merecesse a prioridade desta hierarquia simbólica.
Processo contra peça de teatro é "surrealista" - JN
www.jn.pt
O processo judicial em curso contra a peça de teatro sobre a filha do último director da polícia política do Estado Novo é "verdadeiramente surrealista", sustenta o movimento cívico Não Apaguem a Memória!
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28 de Junho de 2011
Gosto sempre do jornal da universidade onde fui estudante. E lá vou sempre que a Cabra me chama à aula
A Cabra - Especialistas alertam para necessidade de assegurar serviços
www.acabra.net
A campanha eleitoral do atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, adivinhava um novo futuro para os governos civis. A 21 de junho, aquando da tomada de posse, foi confirmado. Investigadores políticos chamam a atenção para a importância de garantir a delegação das funções. Por Liliana Cunha e Ana
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José Adelino Maltez
28 de Junho de 2011
Escolas que mais perderam com este governo: faculdades de direito, mesmo que a Teresa Morais tenha "uma edição do Gabinete do Ministro da República Para a Região Autónoma dos Açores (2005) sobre violência doméstica" (do currículo divulgado), para além de "várias obras da área do Direito" (sic). Confirma-se a tese de certo ministro sobre a eventual não cientificidade da antiga grande área.