Cavaco Silva não é Deus nem Nixon. Pode errar e deve levantar-se, para poder continuar a ser o guardião da Constituição. E no palácio da república em figura humana, vale a pena termos bons exemplos. Mas a procissão ainda não saiu do Pátio dos Bichos. A liberdade de imprensa é, de facto, um bem superior ao respeitinho. E a liberdade de expressão de pensamento, uma necessidade, para podermos denunciar publicamente os erros dos chefes do estadão. As minas e armadilhas fragmentaram-se todas, em sucessivas desfragmentações e importa ter cuidado com as campanhas negras: as vidraças são de todos e todas podem ser quebradas pelo efeito boomerang. Aguardemos o estádio superior de luta de uma campanha que já ultrapassou o nível do belo interregno d’os Gatos, aliás bem menos fedorentos que certas teorias da conspiração e que muitos espiões em autogestão, esses ocultistas que contribuíram para esta remacaízação serôdia da democracia. Porque importa seguir o conselho presidencial, sobre não sermos ingénuos, sobretudo, neste tempo de homens tão lúcidos, onde é imperioso termos a lucidez de continuarmos ingénuos. Julgo que deve terminar o ciclo dos familiares, moscas e bufos que querem manter o emprego de caça-fascistas, caça-comunas, caça-pedreiros e caça-jesuítas, esses resíduos sólidos de extrema-esquerda e extrema-direita que nos continuam a poluir!