Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

31
Out 10

Napoleão quando invadiu Portugal e, depois, a Espanha demorou a compreender 1808, a que os portugueses chamam Restauração e os espanhóis guerra de independência. Daí veio a promessa de Cádis e a Revolução Liberal portuguesa de 1822, em nome da regeneração. Daí importar recordar que Bismarck fez o Segundo Reich gerindo mesa do orçamento, especialmente comprando Estados através da política parlamentar subsidiada. A nova Alemanha unificada, que nada tem a ver com o diabólico do Terceiro Reich, repete o método através de uma eurocracia que perdeu o sonho e pensa que o futuro tem a ver com a velha tecnocracia missionária que vai meter nas regras a selvajaria dos primitivos actuais. Esquece-se da explosão dos mansos... Por isso importa compreender esse período complexo, entre 1806 e 1814, quando um colectivo libertador e peninsular gerou uma explosiva mudança da construção imperial da Europa! Importa reler o edital dos alcaides de Móstoles, em 2 de Maio de 1808. Nós sabemos perfeitamente o que acontece às armadas invencíveis...

 

publicado por José Adelino Maltez às 17:02

30
Out 10

"Se a Itália tem Berlusconi, porque é que nós não havemos de ter acordo!". Argumento ouvido ao pequeno-almoço, de quem não sabe que acordo vem de "ad" mais "cors, cordis" (etimologicamente, o que está junto ao coração) e que impede o desalmado do negocismo politiqueiro...

publicado por José Adelino Maltez às 22:54

O critério meritocrático de todas as conversatas de hoje, mesmo entre pessoas comuns, mas que dizem beber do fino, reduz-se ao seguinte: "eu bem o dizia, pá, lembras-te das minhas palavras de há uns dias, eu já sabia, eu já sabia". Pronto, entrámos definitivamente no regime dos prognósticos depois do apito final. E povo demora mais a decidir que o MP a investigar.

publicado por José Adelino Maltez às 22:52

29
Out 10

Quando nosso primeiro anda aos papéis, em pleno Pátio. Sem ser dos bichos, apenas convém saber se é permitido o uso dos telemóveis em pleno Conselho. A não ser que o rascunho venha por GPS. Mas, pronto! A coisa já nasceu, talvez em cesariana lá das bruxas. Só no reino que foi de Leopoldo é que o orçamento "belga". De casa de ferreiro vem sempre espeto de pau...

publicado por José Adelino Maltez às 22:46

Quando nosso primeiro anda aos papéis, em pleno Pátio. sem ser dos bichos, apenas convém saber se é permitido o uso dos telemóveis em pleno Conselho. A não ser que o rascunho venha por GPS. Mas, pronto! A coisa já nasceu, talvez em cesariana lá das bruxas. Só no reino que foi de Leopoldo é que o orçamento "belga". De casa de ferreiro vem sempre espeto de pau...

publicado por José Adelino Maltez às 20:13

16
Out 10

Lá vou acordando para esta ditadura do estado a que chegámos cuja síntese é a lacónica figura do ministro encarregado da oposição à oposição que dita a ideologia dominante como sacristão que perdeu o sentido dos gestos, com comunistas e bloqueiros ajudando à missa dos que querem conservar o que está...

publicado por José Adelino Maltez às 11:03

11
Out 10

 

O problema não está entre o "se este orçamento passar" e o "se este orçamento não passar", mas antes entre o "se este orçamento passar" e o "se outro orçamento passar", mesmo que continue um primeiro-ministro do PS, se o patriotismo do Largo do Rato nos libertar desta viela de propaganda.


Felizes súbditos da coroa britânica: em quinze dias podem ouvir a voz do povo em eleições. Por cá, temos que esperar, durante meses, pela eleição de um referencial de segurança. Logo, aprovem um orçamento-cheque em branco e esqueçam-se de quem sufragou estas delongas constitucionais, incluindo as sopeiras do regime que bem pregam, como Frei Tomás!


Logo, há que pedir a integração na ilha do Príncipe, ou no ilhéu das Rolas, dado que não cabemos em Coloane. Mas como já há uma ponte para a Taipa, podemos optar por uma adequado financiamento chinês, dada a nossa potencialidade para casino com largos parques de estacionamento no interior desertificado...


Aliás, as despesas em eventos propagandísticos por parte do desgoverno e dos desautárquicos é uma vergonha que, de há muito existe, mas que só por estes dias começa a ser denunciado pelos grandes órgãos de comunicação social que dele beneficiavam. Já agora podem também elencar as próprias universidades e a seita a que os reitores chamam sociedade civil...


Nesta teledemocracia, só quando a tragédia ameaça é que nos deixam notar que ela estava a ser protagonizada por péssimos actores de comédia, dos tais que, mesmo sem festa, nos inundam de foguetes. O problema é que as canas nos estão agora a cair em cima...


Mesmo a própria universidade serve de palco para encenações de politiqueiros, ávidos de uma passeata de borla e capelo, ao mesmo tempo que a lei gaga que nos rege inventou essa de os reitores, os presidentes e os directores serem eleitos por aqueles que eles escolheram para os conselhos gerais, entre políticos e desempregados, banqueiros e empresários de regime...


O mal de Portugal está no facto de não podermos exercer o primeiro dos direitos do homem, que é mexer-nos, largar esta cadeia e procurar, na terra, outro lugar para o sonho do paraíso. Entalados entre o indiferentismo e o populismo já não podermos salvar o daquém, procurando o d'além...

publicado por José Adelino Maltez às 22:50

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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