Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

26
Mai 11

Voltámos ao que de melhor temos na nossa história criativa: a vontade de sairmos daqui e de nos diluir-nos em todos os outros, que é a essência da nossa herança universal e armilar, daquelas saudades de futuro que nos fazem revoltar contra o estado a que chegámos, a república dos portugueses que restam. Se há dez milhões, aqui, há, pelo menos, dez vezes mais luso-descendentes no lado de baixo do Equador.

 

Se for votar, vai ser em revolta. E não vou votar útil. Vou escolher um dos três pequenos partidos que são fiéis ao Portugal Universal. Há dois com quem tenho coincidências desde as eleições de 1969. E um terceiro que tem a ver com a mensagem de Agostinho da Silva. Chama-se a esta atitude a revolta política da metapolítica. Os únicos construtores em Portugal são os idealistas, como dizia Pessoa.

 

No próximo dia 5 de Junho, para além de nos condicionarem a eleição de deputados à plebiscitação de um primeiro-ministro e à ratificação do acordo com os credores internacionais, parece que também temos que referendar as coligações negociais feitas entre os principais "mass media" e as empresas de sondagens que os mesmos contrataram....

 

Daqui a uns estão a dizer-nos: têm de escolher entre a Eurosondagens, o Magalhães concordatário e a Intercampus! Eu preferia discutir a relação entre o conceito estratégico dos centros de decisão nacionais e as opções da agência de investimento de Tripoli, para concluir como o capital não tem pátria e a banca não pode mandar banqueiros em pregações de moralidade política...

 

publicado por José Adelino Maltez às 00:05

25
Mai 11

25 de Maio de 2011

O PS na era pós-socrática: qualquer solução pós-socrática que esteja a ser ensaiada tem o consenso de Sócrates. Há uma "engenharia de preparação para o dia seguinte às eleições" no caso de uma derrota socialista ou da dificuldade conseguir o apoio maioritário que Cavaco exige. "O PS tem que abrir levemente a porta" a outras soluções (JAM, DE)

PS começa a ensaiar era pós-socrática | Económico

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José Adelino Maltez

25 de Maio de 2011

"Depois, como os lóbis não estão legalizados, há coincidências a mais entre certa advocacia de grandes escritórios e as actividades dos grupos de interesse e dos grupos de pressão, o que não contribui para a urgente transparência do regime” (JAM, DE)

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25 de Maio de 2011

“Ao contrário do que acontecia na Primeira República, quando abundavam os médicos, e revelando como os engenheiros e economistas preferem as empresas de regime ou as consultadorias das forças vivas" (JAM, DE)

Dissolução e minoria explicam decréscimo na produção de leis

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José Adelino Maltez

25 de Maio de 2011

Logo às seis da tarde, vou interromper este meu retiro de saúde e ganhar forças para duas horas de conferência na Faculdade de Letras de Lisboa num exercício global comparativo sobre maçonaria, política e direito no Portugal demoliberal, entre os mártires da pátria e as tentativas de enfeudamento das sucessivas obediências aos regimes e aos partidos.

publicado por José Adelino Maltez às 22:19

“Ao contrário do que acontecia na Primeira República, quando abundavam os médicos, e revelando como os engenheiros e economistas preferem as empresas de regime ou as consultadorias das forças vivas" (JAM, DE).

 

"Depois, como os lóbis não estão legalizados, há coincidências a mais entre certa advocacia de grandes escritórios e as actividades dos grupos de interesse e dos grupos de pressão, o que não contribui para a urgente transparência do regime” (JAM, DE).

 

O PS na era pós-socrática: qualquer solução pós-socrática que esteja a ser ensaiada tem o consenso de Sócrates. Há uma "engenharia de preparação para o dia seguinte às eleições" no caso de uma derrota socialista ou da dificuldade conseguir o apoio maioritário que Cavaco exige. "O PS tem que abrir levemente a porta" a outras soluções (JAM, DE)

 

publicado por José Adelino Maltez às 00:04

24
Mai 11

24 de Maio de 2011

Uma novidade desta sondajocracia, esta hiper-barometrização. Quanto mais se mede a tensão mais ela sobe e os grandes "massmedia" entram em círculo vicioso, olhando para o umbigo as encomendas que fizeram, mas onde a oferta pode não gerar a procura. Há muita coisa política que, apesar de existir, não pode medir-se...

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José Adelino Maltez

24 de Maio de 2011

Líder político, que foi director de um centro de sondagens, fala de bebedeira de sondagens. Sou abstémio. Ontem PSD descolava. Hoje, há duas com empate técnico. Dentro em breve, a democracia vai superar a sondajocracia. Não destapa é o défice. Dizem que há armários no esqueleto das Arcadas. Sem janelas de tabuinhas, já.

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24 de Maio de 2011

O que a oposição do PSD e do CDS tem medo de discutir na campanha eleitoral. Problemas de telhados de vidro.

Portugal parado no combate à corrupção | Económico

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Relatório da Transparency International coloca o país entre os piores. | Notícias sobre economia actualizadas ao minuto, informação de mercados, empresas e política, vídeos diários, opiniões de analistas e especialistas

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José Adelino Maltez

24 de Maio de 2011

Quando a campanha aquece, politólogo pode tirar férias e tratar de assuntos que tenham alguma dimensão de eternidade. É o que vou fazendo por estes dias. Para escapar à poluição.

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José Adelino Maltez

24 de Maio de 2011

Basílio Horta, ex-ministro do CDS junto de governos PS e PSD e ex-candidato a presidente da república pelo grupo do Independente insinua incompetência de Passos Coelho. Até Francisco Assis é obrigado a desmentir. O circo continua.

publicado por José Adelino Maltez às 22:18

1. Quais as razões da descida acentuada na produção de leis na última sessão legislativa (entre Setembro de 2010 e Maio de 2011) após uma subida significativa e sustentada ao longo dos últimos quatro anos?

 

Tecnicamente tem pouco significado político: tem a ver com o facto de o governo não ter uma maioria confortável, logo manda menos propostas  e os grupos parlamentares apresentaram muitos projectos, mas poucos viram a luz do dia, porque não conseguiram reunir a maioria suficiente para serem aprovados.

 

2. A comissão parlamentar de Finanças lidera a actividade entre todas as comissões. Este é um sinal de agravamento da crise?

 

 Evidentemente que sim. As matérias Ecofin e os holofotes políticos dominaram esta comissão pela força da actualidade da crise da geofinança.

 

 3. Segundo o relatório houve apanes um veto presidencial. É uma tendência ou enquadra-se nas características do actual Presidente da República?

 

O presidente tinha que ser reeleito e o parlamento de maioria relativa era uma espécie de interregno…

 

4. As moções de censura são também casos raros (1). Significa que está a baixar a contestação política?

 

Não creio, mesmo porque a contestação política tem-se mantido activa nas ruas, nos movimentos ditos sociais, na blogosfera, etc. O facto de não ter havido mais moções de censura tem, a meu ver, a ver com o facto de, primeiro, a XI Legislatura ter tido apenas um ano e meio e, segundo, desse tempo decorrer numa situação especialmente crítica para o país, em que nenhum dos “partidos do arco da governação” ganharia em apresentar uma moção de censura, sobretudo, tendo em conta as sondagens que foram sendo feitas durante esse tempo e que não desapoiavam o partido maioritário…

 

5. Temos um Parlamento com a maioria dos deputados entre os 41-60 anos. É uma assembleia demasiado idosa, ou suficientemente madura?

 

O próprio regime envelheceu…E a maioria dos deputados dos maiores grupos parlamentares é recrutada na clausura auto-reprodutiva da partidocracia entre deputados que já foram eleitos ou “ministeriáveis”

 

6. Esta é uma Assembleia feita sobretudo de advogados e de professores. É um indicador natural?

 

Revela o estado a que chegámos em matéria de mobilização de elites, sobretudo no mundo da província, ao contrário do que acontecia na I República, quando abundavam os médicos, e revelando como os engenheiros e economistas preferem as empresas de regime ou as consultadorias das forças vivas… Depois, como os lóbis não estão legalizados, há coincidências a mais entre certa advocacia de grandes escritórios e as actividades dos grupos de interesse e dos grupos de pressão, o que não contribui para a urgente transparência do regime, sobretudo quando crescem os índices de percepção da corrupção e a desconfiança pública do homem comum relativamente à chamada classe política.

publicado por José Adelino Maltez às 15:42

Uma novidade desta sondajocracia, esta hiper-barometrização. Quanto mais se mede a tensão mais ela sobe e os grandes "massmedia" entram em círculo vicioso, olhando para o umbigo as encomendas que fizeram, mas onde a oferta pode não gerar a procura. Há muita coisa política que, apesar de existir, não pode medir-se...

publicado por José Adelino Maltez às 00:03

Líder político, que foi director de um centro de sondagens, fala de bebedeira de sondagens. Sou abstémio. Ontem PSD descolava. Hoje, há duas com empate técnico. Dentro em breve, a democracia vai superar a sondajocracia. Não destapa é o défice. Dizem que há armários no esqueleto das Arcadas. Sem janelas de tabuinhas, já.

 

publicado por José Adelino Maltez às 00:02

Basílio Horta, ex-ministro do CDS junto de governos PS e PSD e ex-candidato a presidente da república pelo grupo do Independente insinua incompetência de Passos Coelho. Até Francisco Assis é obrigado a desmentir. O circo continua.

 

Quando a campanha aquece, politólogo pode tirar férias e tratar de assuntos que tenham alguma dimensão de eternidade. É o que vou fazendo por estes dias. Para escapar à poluição.

 

publicado por José Adelino Maltez às 00:01

23
Mai 11

"A campanha eleitoral é um momento de festa, de libertação; um porco no espeto, um comício para entusiasmar o militante" (JAM, CM)

 

"As gafes são apenas instantâneas porque não são suficientemente graves para serem duradouras. Quem se lembra das gafes de Fernando Nobre? Ninguém. E de Catroga? Mais uma semana e ninguém. Agora, quando as gafes duram é porque fazem rir. Este é um País que elege como autarcas corruptos condenados"

 

"Felizmente não há mortos, porque já os houve em campanhas em Portugal. São clássicos os episódios do fim da monarquia constitucional. Mas até meados dos anos 80 ainda havia episódios de violência, que impediam o exercício livre da campanha". Recuando a Junho de 1976, Ramalho Eanes "teve que subir para cima de um carro por causa dos tiros"

 

Não sou dos que vão no dito: "em tempo de Campanhal, ninguém leva a mal"... não esqueço, nem cedo.

 

publicado por José Adelino Maltez às 23:59

23 de Maio de 2011

Não sou dos que vão no dito: "em tempo de Campanhal, ninguém leva a mal"... não esqueço, nem cedo.

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José Adelino Maltez

23 de Maio de 2011

"Felizmente não há mortos, porque já os houve em campanhas em Portugal. São clássicos os episódios do fim da monarquia constitucional. Mas até meados dos anos 80 ainda havia episódios de violência, que impediam o exercício livre da campanha". Recuando a Junho de 1976, Ramalho Eanes "teve que subir para cima de um carro por causa dos tiros"

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José Adelino Maltez

23 de Maio de 2011

"As gafes são apenas instantâneas porque não são suficientemente graves para serem duradouras. Quem se lembra das gafes de Fernando Nobre? Ninguém. E de Catroga? Mais uma semana e ninguém. Agora, quando as gafes duram é porque fazem rir. Este é um País que elege como autarcas corruptos condenados"

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23 de Maio de 2011

"A campanha eleitoral é um momento de festa, de libertação; um porco no espeto, um comício para entusiasmar o militante" (JAM, CM)

Tudo acontece nas campanhas eleitorais - Domingo - Correio da Manhã

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O Correio da Manhã é o seu jornal diário na Internet. Todas as notícias nacionais e internacionais com rigor e actualidade. Notícias de última hora, exclusivos e acompanhamento do que se passa em diversas áreas tais como Actualidade, Portugal, Economia, Politica, Europa, Mundo, Desporto, Cultura, TV

publicado por José Adelino Maltez às 22:18

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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