Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

30
Jun 11

30 de Junho de 2011

Afinal, ainda há sondagens. E o país está feliz. Que bom!

PSD e CDS sobem, PS eclipsa se

aeiou.expresso.pt

Primeira sondagem após as eleições de 5 de junho mostra crescimento dos partidos do governo

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

"Reflexionou sisudamente, e fez escola. Seguiram-se-lhe discípulos convictíssimos, que ainda agora pugnam por todos os governos, e por amor da ordem que está no poder executivo" (Camilo Castelo Branco, no romance A Queda de um Anjo, de 1866, aplicável directamente a um deputado de hoje)

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Estou português do século XIX no rumo em que o farol da civilização alumiava com mais clara luz. Disse que escolhia o seu humilde posto nas fileiras dos governamentais, porque é figadal inimigo da desordem, e convencido estava de que a ordem só podia mantê-la o poder executivo, e não só mantê-la, senão defendê-la para consolidar as posições, obtidas contra os cobiçosos delas (é do ano de 1866).

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Ele que é santo homem lá das serras, o anjo do fragmento paradisíaco do Portugal velho caiu. Caiu o anjo, e ficou simplesmente o homem, homem como quase todos os outros, e com mais algumas vantagens que o comum dos homens. Os miguelistas chamaram-lhe liberal e acérrimo (excerto de um romance de Camilo que vou oferecer a um amigo deputado).

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Os estadistas do "read my lips" são directamente proporcionais aos defensores da privatização dos canais públicos de televisão. Um belo princípio liberalizador, desde que não se diminuam as minhas receitas. É por isso que sou cada vez mais liberal nos princípios, nos métodos e nos fins. Nunca gostei do liberalismo a retalho dos que mal estão no poder metem a ideologia na gaveta. São iguais aos socialistas.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Não percebo como está muita gente espantada com esta do imposto extraodinário. Como é que poderia ter sido prometido, se ele é mesmo extraordinário? E nestas coisas de Estado, o estadistas da ética da responsabilidade, coisa exactamente contrária à ética da convicção, sempre assumiram aquela velha máxima segundo a qual o normal é haver anormais, onde quem paga é sempre o mesmo.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O argumento do ministro Gaspar sobre a dispensa de corte a quem apenas aufere do salário mínimo, em nome da justiça, quase é um hino a uma medida que estatisticamente seria mais "justa": fazer com que dois terços dos pagadores de IRS passassem a auferir apenas do salário mínimo; e com que um terço dos pensionistas e reformados sofressem de idêntica restrição. Viva o "mix big brother"!

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Vem agora Telmo Correia. Sublinho as duas invocações espirituais com que rendilhou o texto: do maçon Winston Churchill e do maçon Edmund Burke. Noto que são britânicos.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Espreito os telegramas das agências. Reparo como o PS começa a reagir, depois das mensagens de Seguro e Assis. A retórica de Basílio já manifesta a mudança de sinal na torneira do principal partido da oposição. A oposição democrata-cristã vinda do PS parece ser mais eficaz que as anteriores deputadas do Humanismo e não sei que mais...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Volto, para fazer o jantar, religando a televisão. Hoje ainda tenho direito a bife. Sem ser de cavalo cansado. Reparo na retórica anticlímax do ministro das finanças que, apesar de o não parecer, é plena retórica. Anoto e vejo ainda como arrumou com doçura um ex-secretário de Estado de Sócrates. Sorriu. Vem agora Basílio Horta, bem mais calejado. Vamos ver a dialéctica.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Pronto. Já vi o que queria deste debate. As estreias e o novo estilo. Para mais do mesmo, já ouvi demais. Vou mudar de capítulo.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O senhor deputado Duarte Marques... estou tramado! Deste só posso dizer bem. Mas a coisa não lhe correu mal, antes pelo contrário. Boa, Duarte! Desculpem lá a falta de imparcialidade...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

E duas estreias de meus conhecidos: o Carlos Abreu Amorim a querer mudar o arquétipo, em estilo mais institucional, e o Adolfo Mesquita Nunes, outra estrela da blogosfera. O parlamento começa a ser espaço do velho combate de blogues. Louvo o crescimento.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Agora vem o João Galamba. Mostra um alívio enorme em deixar de ser apoiante de governos e é capaz de se elevar muito mais como estrela oposicionista, porque este motivo rima bem mais com a respectiva natureza. Qualidade inegável.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O António Filipe, se fosse meu candidato autárquico, era capaz de ter a minha simpatia. Mistura moderação vocabular com objectivos de tradicional ruptura comunista, revelando crescente maturidade.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O pretexto dos estaleiros navais de Viana não foi casca de banana. Mas a resposta foi dramática. Não serve para ninguém se congratular, porque demonstra como, nesse caso, estamos todos a falhar!

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Estilo Passos no debate tem um sinal positivo e já esperado: não encara a coisa como um combate onde os que estão por cima tem de ganhar, desdramatizando, de forma centrista um modelo que não pode ser de jogo nem de mero diálogo de surdos. Convém que, da próxima, distribua o jogo e que as bancadas da coligação mudem de registo pacóvio. O PS já o compreendeu, até com Ricardo Rodrigues.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Bancada do PSD continua a utilizar a retórica laudatória à Afonso Marchueta...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

PS congratula-se com o programa de governo em matéria de educação e ciência, reconhecendo o ritmo da continuidade.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Chega Louçã, diante do primo. Teoriza sobre o Estado-Glutão que previamente informou Bruxelas do que só agora revela em Lisboa, o pagamento de mais uma metade do BPN. Economista sofre!

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Lá vem Jerónimo! Deseja saúde para Pedro e os dele, mão não êxito no programa apresentado. Diz que não ouviu, do CDS e do PSD, durante a campanha, essa de cortarem metade no subsídio de Dezembro. Está a cumprir bem o seu dever!

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Não gosto do estilo Afonso Marchueta! Vou acabar outro trabalho e deixar a televisão em fundo ao longe. Prefiro outra música.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Vou ouvir a Maria De Belém Roseira. Fala em nome do GPpS, ainda um pedacinho avariado, mas invoca a história de futuro: venham os estudos em que fundamentam vossas propostas, que depois decidiremos! As picadas ainda são muito metafísicas...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Confirmado o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal. Ai do Pedro, se falhar mesmo a mudança. A medida da autenticidade do poder vai ser implacável. Não é um problema de fé na abstracção, mas de confiança pública de um povo em movimento.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Porque acabei de escrever uma carta introdutória para uma antologia portuguesa sobre o anarquismo, também logo aceitei conferenciar a 7 de Julho no 1º CISEGUR, Congresso Internacional de Segurança Pública e Privada, na Faculdade de Direito de Lisboa, dia 7 de Julho, no painel "Segurança Financeira e Crise Internacional". O Senhor Presidente da República vai solenemente encerrar o encontro.

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José Adelino Maltez partilhou uma ligação.

30 de Junho de 2011

A parangona desta notícia não pode corresponder à realidade. Tenho a íntima certeza. O meu anti-socratismo militante não me leva a cair em tal leviandade. Não acredito que possa ter havido qualquer vislumbre de tentação de atentado contra o Estado de Direito, porque então duvidaria da viabilidade da própria democracia. Neste tempo de homens lúcidos, prefiro continuar ingénuo.

Diário Digital

diariodigital.sapo.pt

Diário Digital

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Até houve um primeiro-ministro que um dia, em simples comunicação verbal ao país, disse que não iria cumprir a constituição na parte respeitante à regionalização e consequente substituição dos governadores civis, optando por esta herança de Rodrigo da Fonseca, Costa Cabral, Afonso Costa e Salazar. Chamava-se Aníbal, era do PSD e permitiu que o bicho, um quarto de hora antes de morrer sobrevivesse até hoje.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Tal como a União Nacional foi instaurada como partido único a partir de uma resolução do conselho de ministros, também o poder democrático nasceu de cima para baixo, com os partidos dos governos provisórios repartindo os seus governadores civis e estes repartindo entre os partidos as suas comissões administrativas municipais. Só com as eleições é que veio a autarquia democrática.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Infelizmente, não podemos dizer que havia poder autárquico antes do 25 de Abril. Em segundo lugar, eles continuaram a servir de extensão do poder central depois do 25 de Abril, servindo como correia de transmissão dos partidos que se instalaram nos governos provisórios e que, a partir de cima, distribuíram o novo poder partidário, repartindo os novos governadores civis...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Magnífico preâmbulo da Resolução do Conselho de Ministros n.º 13/2011 sobre os governadores civis. Diz-se que ele "tendo tido um papel relevante no tempo da ditadura, enquanto tutela de um poder autárquico profundamente condicionado, os governadores civis foram sendo progressivamente esvaziados de atribuições ao longo do regime democrático instituído a partir de 25 de Abril de 1974".

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Adoro ver os grupos de pressão com o periscópio de fora. É o melhor dos sintomas da transparência. Em russo diz-se "glasnot". E que que nunca significou "prestroika". Porque a mudança implica risco. E às vezes até faz cair o muro dos impérios. Mas só quando o povo efectivamente manda.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Hoje, a minha filhota mais velha faz anos. Anda emigrada, longe da terra, lá pela serra, num dos planaltos da Europa. Mas como sou pai babado, não resisto e, daqui, emito os meus parabéns que também são para mim. Já ontem lhe telefonei, fora do tempo de Lisboa, quando por lá chegava a meia noite, assim se confirmando como o próprio tempo é relativo e só o amor é absoluto.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O pluralismo à BBC conquista-se, menos por vontade dos parlamentos e dos governos, e mais por exigência de opiniões públicas educadas que não gostam de comer gato por lebre. E eu gostava muito de uma RTP pública que fosse BBC.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

A discussão de privatização nada tem a ver com a velha luta contra o monopólio e, infelizmente, o canal que tem a legitimidade do título público e a legitimidade do respectivo exercício não conseguiu ser a BBC, isto é, em muitos casos, não se tornou num paradigma de pluralismo, não por culpa dos profissionais e respectiva criatividade, mas por tentação da nossa costela de inquisição e absolutismo...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Nenhum dos nossos privados televisivos ou radiofónicos deixa de utilizar um bem totalmente público que é o sinal, sujeito apenas a regime de concessão e necessariamente fiscalizado pelo controleiro público de tal viação e trânsito. Basta cumprir os contratos vigentes, exigir-lhes contrapartidas e ter força para a aplicação de sanções, inclusive encerramentos temporários...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Aquilo que ontem pode ter espantado muitos papalvos do pretenso processo de liberalização em curso, já há muito que era anunciado em parangonas dos semanários do regime. Porque quem parte e reparte, ou é burro ou não percebe da arte desta nossa política lusitana onde dominam os conservadores do que está, em música celestial para os adoradores das vacas sagradas.

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Como se confirma pelo alarido dos patrões da comunicação social sobre a eventual privatização da RTP, os nossos capitalistas jogam pelo seguro da ditadura do "statu quo". Querem uma economia privada, mas odeiam uma economia de mercado. E felizmente para a esquerda, tem essa de alguém ser liberal e mandar...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Além disso, habituados a décadas de convívio laxista com a polícia económica, já sabiam como era possível furar o esquema num modelo onde as excepções demonstráveis pelo são convívio com o controlador permitiam que o Estado os ajudasse a furar a lei da oferta e da procura...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

O modelo vinha da I República, do imediato pós-guerra, dos tempos de luta contra o açambarcamento e da questão das subsistência, quando a principal tarefa dos ministérios da economia era o abastecimento, o tabelamento e o condicionamento. E os nossos empresários, os instalados, eram aqueles que mais temiam a liberdade. Estavam quase todos contra as portas abertas...

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José Adelino Maltez

30 de Junho de 2011

Quando eu era menino e moço e passeava meus alvores profissionais como adjunto da governança, tive, um dia, que recolher opiniões das nossas associações patronais sobre a eventual criação de uma lei da concorrência que eliminasse uma das originalidades portuguesas no seio da OCDE, a de mantermos o único sistema de lucros excessivos...

publicado por José Adelino Maltez às 22:25

28
Jun 11

28 de Junho de 2011

Já a palavra empresa aparece cento e vinte vezes... Por outras palavras, é, com efeito, a medida de todas as coisas. Isto é, gastou-se pelo uso e perdeu-se pelo mau uso da falta de ideia de obra.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

A palavra combate aparece 38 vezes... Luta, só uma vez, e contra a violência doméstica. Nação e pátria, nunca. República, só para compromissos internacionais, uma vez. Comunidade, 26 vezes, mas sem nunca ter o sentido que lhe deu o Infante D. Pedro...

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Dez das catorze vezes em que aparece a palavra universidade, ela é precedida ou está dependente da palavra empresa, nunca rimando com humanismo...

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Em quatro das cinco vezes, a corrupção aparece sob os auspícios da palavra "combate", banalizando os dois termos e gerando contradições, porque uma vezes é posta ao nível do combate "a posições dominantes", outras vezes aos "conflitos de interesses", para atingir o seu auge como secção da política desportiva: "erradicar fenómenos como a corrupção, a violência, a dopagem, a intolerância, o racismo e a xenofobia".

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Qualquer especialista no estudo dos novos métodos de análise do conteúdo que pegasse no programa de governo, poderia chegar a conclusões interessantes sobre o conflito de discursos ou a banalidade de alguns "sound bites". Comecei por espreitar a questão da corrupção, que aparece cinco vezes...

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José Adelino Maltez partilhou uma nota através de Leonor Martins de Carvalho.

28 de Junho de 2011

Fiquei emocionado a ler esta confissão, quase contemporânea do meu nascimento: "Confesso-me inocente da culpa de haver nascido com alguma tendência para endireitar o mundo, em cada caso ouvindo pessoas discretas dizerem-me que era torta a vara da minha justiça. Então olhava para ela e parecia-me direita... quem serve ao comum, não serve a nenhum". Leiam tudo e confirmem que só é novo aquilo que se esqueceu.

Um legado do avô

Em presença deste sumário de inquietações, mudanças e perseguições, não posso dizer que fiz uma carreira oficial, digna de apresentar-se como exemplo a seguir por quem tenha ambições ou aspire à satisfação de as ver realizadas.

Confesso-m...

Continuar a ler...

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Bastava uma dúzia de decretos à Mouzinho da Silveira para refundar o Estado onde ele faz falta e extingui-lo no que ele é inútil. E somando reforço com abolição, a conta seria bem menos mesada. Por outras palavras, não chega liberalizar, impõe-se a libertação. Até dos chamados liberalizadores de fachada.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

O estado a que chegámos é, ao mesmo tempo, pequeno demais e grande demais. Pequeno demais para os nossos grandes problemas. Grande demais para os pequenos problemas do quotidiano, quando os poderosos, fracos perante os grandes, se vingam nos pequeninos. Apenas estou a glosar Daniel Bell e a rir-me do espectáculo e da retórica do estadão.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Um velho amigo que agora voltou ao situacionismo e ficou assim aliviado, ainda há pouco lamentava aquilo que qualificava como "radical irredentismo". Gostaria mesmo de não ter razão neste meu desassossego com os pés no chão, mas não me conformo com os conservadores do que está e que estarão. Prefiro seguir meu signo de pensar ser dizer não, principalmente depois de ler a confirmação do rotativismo.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

O governo quer “reduzir substancialmente” o “Estado paralelo”, ou seja, a reavaliação dos institutos, fundações, entidades públicas empresariais, empresas públicas ou mistas ao nível da Administração Regional e Local. Mas num minstério fica a administração pública, no outro, a "reforma administrativa", assim mantendo o duplo Estado, o dos macros e o dos micros, como se o pagante não fosse o mesmo.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

A retórica ratoeira: “Cada ministro é responsável pelo estrito cumprimento dos limites orçamentais fixados para o seu ministério. Eventuais desvios serão compensados pelo próprio dentro do mesmo exercício”. O próprio não é o ministro, é o ministério...

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Governo quer mais celeridade nos processos relativos a direitos da personalidade. A privatização de um dos canais públicos a ser concretizada oportunamente e em modelo a definir face às condições de mercado. Será apresentado “um novo PRACE que será objecto de uma execução rigorosa e ambiciosa”. Eis algumas das novidades, segundo as parangonas. Dá para muito e para o seu contrário.

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José Adelino Maltez partilhou uma ligação.

28 de Junho de 2011

Passei depois para a revista Homens Livres – Livres da Finança & dos Partido: "Anima-nos o mesmo fogo sagrado contra a barbaria dos tempos presentes, - é nosso comum mandamento desafrontar o claro sorriso de Minerva das fumaradas insolentes de Vulcano...A esse brado respondemos sempre a tudo que seja por Portugal e a que não falte o selo dignificador da inteligência".

1923 - António Sardinha, Almas Republicanas

www.angelfire.com

[Este texto foi publicado pela primeira vez na revista Homens Livres, onde se juntaram seareiros e integralistas, por duas semanas, em 1923. No subtítulo da revista, todos se afirmaram "livres da finança e dos partidos", inscrevendo "Livres e seguros" de Camões como epígrafe. O t

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Depois de ler o "download", decidi reler outros programas de outras eras. Por exemplo, o da "Seara Nova" de 1921. Basta comparar. Até para me penitenciar face ao que, durante muito tempo, a minha ignorância pouco douta, julgou de Sérgio. Quando ainda não tinha compreendido o que devia ser um reformador à Descartes sem cartesianismo.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Se um sujeito sempre foi conformista face ao micro-situacionismo, é previsível que continue a ser conservador do que está, quando é elevado às alturas do macro-ministerialismo. Daí o telefonema que recebi de um anterior ministro socrático, rindo-se a bandeiras despregadas: "como vês, ainda continuo no poder, pelo menos no mental, nem estas quixotadas prometidas conseguem livrar-se da minha pesada herança"

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Quando eu era um miúdo, cheguei a ser especialista em programas de governo, nomeadamente nos presidenciais. Sei como se fazem essas coisas com assessores e adjuntos, como eu fui. Foi e é um erro, esse de programar discursos antes de fazer coisas. Porque, como dizia Camões, vale mais experimentá-lo que julgá-lo, mas que o julgue quem não pode experimentá-lo.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Faltam ideias claras de reformismo, sendo marcante a cedência ao politicamente correcto da velha pilotagem automática, dando esperança às forças da inércia, numa confusão de estilos que revela sincretismo de fichas e certas banalidades discursivas. Será um texto devorável pelo contexto e onde o estilo dos ministeriáveis e a ditadura das circunstâncias acabará por ser predominante.

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Acabei de ler o programa de governo. Um espaço de transacção entre o programa Catroga, as ideias pessoais de alguns ministros e a falta de ideias consolidadas dos dois partidos da coligação. Nalguns casos, tornam-se impenetráveis as cláusulas gerais e os conceitos indeterminados e metade do texto poderia ser subscrito pelos anteriores governantes socráticos.

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28 de Junho de 2011

Distraído, não reparei, em pormenor, nesta de Carlos Fragateiro andar a ser processado. Mas ao ler a entrevista que anexo, apenas apetece comentar: a questão não é surrealista, é estúpida! Como se as leis não fossem juízos de valor sobre conflitos de interesses e a liberdade criativa não merecesse a prioridade desta hierarquia simbólica.

Processo contra peça de teatro é "surrealista" - JN

www.jn.pt

O processo judicial em curso contra a peça de teatro sobre a filha do último director da polícia política do Estado Novo é "verdadeiramente surrealista", sustenta o movimento cívico Não Apaguem a Memória!

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José Adelino Maltez partilhou uma ligação.

28 de Junho de 2011

Gosto sempre do jornal da universidade onde fui estudante. E lá vou sempre que a Cabra me chama à aula

A Cabra - Especialistas alertam para necessidade de assegurar serviços

www.acabra.net

A campanha eleitoral do atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, adivinhava um novo futuro para os governos civis. A 21 de junho, aquando da tomada de posse, foi confirmado. Investigadores políticos chamam a atenção para a importância de garantir a delegação das funções. Por Liliana Cunha e Ana

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José Adelino Maltez

28 de Junho de 2011

Escolas que mais perderam com este governo: faculdades de direito, mesmo que a Teresa Morais tenha "uma edição do Gabinete do Ministro da República Para a Região Autónoma dos Açores (2005) sobre violência doméstica" (do currículo divulgado), para além de "várias obras da área do Direito" (sic). Confirma-se a tese de certo ministro sobre a eventual não cientificidade da antiga grande área.

publicado por José Adelino Maltez às 22:24

Aí está, novo governo, já inteirinho. Menos meia dúzia, em quantidade, que no anterior. Quase o mesmo em qualidade. Excelentes currículos na minoria, óptimos activismos partidocráticos e empresariais na maioria. Naturalmente, vão, muitos, esta noite alterar o “facebook”, para que não fiquem ligados a "interesses" como o "nespresso" e o respectivo líder...

 

Há um núcleo duro de grande qualidade, como nunca deixou de existir, até com Sócrates, mas torna-se evidente a nossa falha na formação de elites de Estado, principalmente em grandes escolas de quadros dos próprios partidos. Nada de novo nesta frente da direita. Está tão cinzenta como a revogada frente de esquerda.

 

Convém insistir que, no anterior governo de Sócrates, havia uma dúzia de cidadãos de idêntica dimensão e que até conseguiram não perder a autenticidade. Mas ainda bem que há quem tenha a coragem de arriscar no serviço público. Temo que, depois da mobilização do estado de graça, as promessas sejam vencidas pela habitual força da inércia, como já se tornou patente com o número e na estrutura da novamente velha governança. Só há instituições com prévias ideias de obra e estas precisam de ser previamente trabalhadas com fé e humilde estudo.

Esperemos que os chefes deste governo sejam mais como o Paulo Bento. Entrem logo a jogar no risco, sem prévio treino. Para que voltemos a ter equipa de todos nós. Até porque, infelizmente, estamos muito dependentes dos jogos dos outros.

 

É evidente que não é das rápidas análises das autocontemplações curriculares que podemos fazer adequada avaliação no imediato. Vai ser mais interessante o escrutínio a que irão estar sujeitos. Especialmente por parte de opositores que sofreram esse tipo de exame e que moverão intensamente o bisturi da informação privilegiada para a adequada vindicta...

 

Mas os pesquisadores de perfis ainda não identificaram coisas tão sublimes como a da eventual pertença dos nomeados a entidades místicas como as igrejas protestantes, as obediências maçónicas, o sionismo, as irmandades católicas, as associações recreativas, os anteriores entusiasmos maoístas ou a posição que muitos tomaram no anterior referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez. Da mesma forma, seria imperioso elencar os que são indefectíveis de Pinto da Costa, quantos torcem pelo glorioso e os eventuais sócios da Briosa. Os cartões laranjas e portistas não chegam!

 

Há, aliás, maçons, de várias obediências maçónicas, que são deputados e ex-deputados, bem como entre actuais e ex-governantes. Mas há muitos outros, que estão de fora e que se celebrizam por declarações antimaçónicas, com real mercado nas parangonas. Sobretudo se estiverem à esquerda. Daí voltarem à ribalta com um problema de falsa consciência, para uso de suas desventuras no PS e no PSD!

Para mim, bastava uma dinâmica fotografia dos grupos de interesse e dos grupos de pressão que dependam da subsidiocracia estatense e da habitual empregomania.  Sobre as outras identificações místicas, julgo que o nosso jornalismo comentarista está especialmente desinformado, até tropeçar no primeiro dos sensacionalismos e entrar em vómito analítico sobre o que é óbvio. Obviamente, numa sociedade pluralista, há de tudo. E ainda bem!

 

publicado por José Adelino Maltez às 18:56

27
Jun 11

Não gosto de expandir intuições imediatas, mas dentro de mim já se formou uma convicção sobre o tempo de vida deste governo e do que lhe vai suceder. Vamos ter grande coligação com o PS, tenho a certeza, o quando depende de campeonatos diversos da política doméstica. O tipo de escolhas dominantes nos secretários de Estado, entre tarimbeiros no lastro e velas quixotescas ao vento, serve para a bolina, mas não dá rota.

 

Partidos, há tanto tempo na oposição, deveriam ter uma ideia, sector a sector, e um programa com programas. Essa de na véspera fazerem estados gerais com independentes ou novas fronteiras com propaganda é má conselheira. E de se julgar que esta tudo em dois ou três livros de autor, com folclórica apresentação em jogos da taça das cidades com feira pode levar a autogolos, mesmo que seja em canto directo...

 

Se, por exemplo, nomeássemos um ex-bastonete dos abacates para secretário de estado da superação das PPPs nos transportes e comunicações poderia ser uma boa ideia quanto à renegociação de contratos...

 

Mas talvez eu esteja enganado... o problema da justiça em Portugal pode ser mera questão de assoalhadas e reabilitação urbana por causa da nova lei troikiana dos despejos...

O ministério politicamente mais forte é, sem dúvida e sem ironia, o da solidariedade e segurança social. Mota Soares e Marco António podiam inverter posições sem hierarquia prévia...

A equipa educativa é forte. A mais forte e coerente de todas. Pena terem que lidar com pesadas heranças e de, eventualmente, não terem jeito para a necessária acção bombeiral...

A equipa das finanças tem alguma modéstia na sua firme qualidade. O único drama é o Estado ser bem diferente do Banco de Portugal em termos de gestão de recursos. Mas sempre podemos trocar de ambiente. Infelizmente, não pode ser por decreto.

Há muito secretário de Estado com tentação mediática. Convém recordar-lhes que pela boca morre o peixe.

Governar não é "uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das quais pode ser executada mecanicamente num período de tempo finito e com uma quantidade de esforço finita" (definição wikipediana de algoritmo).

Aí está, novo governo, já inteirinho. Menos meia dúzia, em quantidade, que no anterior. Quase o mesmo, em qualidade. Excelentes currículos na minoria, óptimos activismos partidocráticos e empresariais na maioria. Naturalmente, vão, muitos, esta noite, alterar o “facebook”, para que não fiquem ligados a "interesses" como o "nespresso" e o respectivo líder...

 

Há um núcleo duro de grande qualidade, como nunca deixou de existir, até com Sócrates, mas torna-se evidente a nossa falha na formação de elites de Estado, principalmente em grandes escolas de quadros dos próprios partidos. Nada de novo nesta frente da direita. Está tão cinzenta como a revogada frente de esquerda. Marques Mendes acertou em todas e Marcelo Rebelo de Sousa lá fez das suas.

 

Convém insistir que, no anterior governo de Sócrates, havia uma dúzia de cidadãos de idêntica dimensão e que até conseguiram não perder a autenticidade. Mas ainda bem que há quem tenha a coragem de arriscar no serviço público. Temo que, depois da mobilização do estado de graça, as promessas sejam vencidas pela habitual força da inércia, como já se tornou patente com o número e na estrutura da novamente velha governança. Só há instituições com prévias ideias de obra e estas precisam de ser previamente trabalhadas com fé e humilde estudo.

 

Esperemos que os chefes deste governo sejam mais como o Paulo Bento. Entrem logo a jogar no risco, sem prévio treino. Para que voltemos a ter equipa de todos nós. Até porque, infelizmente, estamos muito dependentes dos jogos dos outros.

 

É evidente que não é, das rápidas análises das autocontemplações curriculares, que podemos fazer adequada avaliação no imediato. Vai ser mais interessante o escrutínio a que irão estar sujeitos. Especialmente por parte de opositores que sofreram esse tipo de exame e que moverão intensamente o bisturi da informação privilegiada para a adequada vindicta...

 

Mas os pesquisadores de perfis ainda não identificaram coisas tão sublimes como a da eventual pertença dos nomeados a entidades místicas como as igrejas protestantes, as obediências maçónicas, o sionismo, as irmandades católicas, as associações recreativas, os anteriores entusiasmos maoístas ou a posição que muitos tomaram no anterior referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez. Da mesma forma, seria imperioso elencar os que são indefectíveis de Pinto da Costa, quantos torcem pelo glorioso e os eventuais sócios da Briosa. Os cartões laranjas e portistas não chegam!

 

Há, aliás, maçons, de várias obediências maçónicas, que são deputados e ex-deputados, bem como entre actuais e ex-governantes. Mas há muitos outros, que estão de fora e que se celebrizam por declarações antimaçónicas, com real mercado nas parangonas. Sobretudo se estiverem à esquerda. Daí voltarem à ribalta com um problema de falsa consciência, para uso de suas desventuras no PS e no PSD!

 

Para mim, bastava uma dinâmica fotografia dos grupos de interesse e dos grupos de pressão que dependem da subsidiocracia estatense e da habitual empregomania.  Sobre as outras identificações místicas, julgo que o nosso jornalismo comentarista está especialmente desinformado, até tropeçar no primeiro dos sensacionalismos e entrar em vómito analítico sobre o que é óbvio. Obviamente, numa sociedade pluralista, há de tudo. E ainda bem!

publicado por José Adelino Maltez às 15:21

26
Jun 11

26 de Junho de 2011

Foi no jornal Expresso. Por volta de Março de 2005. Fiz o meu protesto na altura: http://tempoquepassa.blogspot.com/search?q=nuno+crato

Sobre o tempo que passa

tempoquepassa.blogspot.com

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno

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José Adelino Maltez

26 de Junho de 2011

"a um cientista ou a qualquer amante da ciência custará ver esta palavra tão mal empregue. Não há nenhuma ciência da diplomacia nem nenhuma ciência da política ou do direito. São actividades humanas nobres, que podem ser estudadas com rigor, mas esse estudo, tal como o da história ou o da literatura, não constitui uma ciência. E talvez nunca venha a constituir."

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José Adelino Maltez

26 de Junho de 2011

Estes cristãos-novos dos métodos quantitativos, especialmente em áreas onde, por esse critério, muitas ciências não seriam científicas, deviam ser condenados a ler Pascal para se "finessificarem" e reciclarem pelo simples método da verdade...

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José Adelino Maltez

26 de Junho de 2011

Dizem várias pessoas em quem confio e que os conhecem que futuros responsáveis pelas decisões educativas são excelentes científicos e ilustríssimos matemáticos. Espero que respeitem a ciência e a a matemática, acabando com esta instrumentalização do científico e do matemático em contas de sumir e charlatanismo estatístico que não vê um boi diante do palácio.

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José Adelino Maltez

26 de Junho de 2011

Estou a pensar na desgraça de hiper-informação empírico-analítica a que nos condenaram os pardais e manitus do costume. Qualquer tipo de bom senso mandava-os dar uma volta ao bilhar grande. Anexo um desses notáveis exemplos da universidade a que chegámos

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José Adelino Maltez

26 de Junho de 2011

Chegou o chefe no avião da carreira e acabaram as especulações sobre os secretariáveis. Ontem, Santana Lopes, que bebe do fino, nada disse aos costumes. Hoje, Marcello Rebelo de Sousa vai continuar nas alturas. Bispo não costuma tratar de trocos.

publicado por José Adelino Maltez às 22:23

25
Jun 11

25 de Junho de 2011

Quando se ouve um universitário que não depende de assessores de imprensa nem de consultores politiqueiros, sente-se. Sobretudo, a falta de autenticidade dos vigaristas, pardais e manitus...

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Ninguém se lembra do António José de Ávila como esquerdista juvenil, reformista no assalto ao pode, marquês, ou duque. Ficou para sempre como autor de um decreto de 1871, por causa da proibição das conferências de uns então marginais, dado que estas "procuram sustentar doutrinas e proposições que atacam a religião e as instituições políticas do Estado"

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Quando alguém se diz religioso e que tu é que não, só porque se julga que ele não obedece certa esquadria classificativa, tipo má língua de sociedade de corte, está a negar a todos os outros o sagrado reivindicativo da respectiva qualidade de homem religioso. Eu, pelo menos, não admito o insulto de me niilificarem nesses domínios. E mais não digo. A não ser com tecla lateral.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Sobretudo em matéria de religação, ou religião, há que respeitar quem se assume como homem religioso e, em muitos escritos, como tal se tem revelado. Os encontros imediatos com a divindade não são monopólio de ninguém e, portanto, não cabem em adjectivações unidimensionalizadoras.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Há uma coisinha do "ius cosmopoliticum", e a que antigamente se chamava educação, segundo a qual não é conveniente entrar em casa de outro, onde se é admitido como hóspede, dizendo que ele é comuna, anticomuna, facho, ateu ou atua. Especialmente quando se pediu para entrar, sem prévio pedido do visado.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

O pior de muito anticlericalismo é a falsa consciência de antigos clericalistas. Foi mal de que padeceu muito jacobinismo e muito revolucionarismo marxistóide. E ainda por aí circula em música celestial laicista ou antilaicista. Mudam de cartilha, mas não de método e a respectiva retórica cheira a fedor, gasto pelo mau uso e prostituído pelo abuso.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

O universitarês é um primo do educacionês e pode ser praticado pelos que denunciam aristocretinamente o segundo, mesmo quando não disfarçam sua matriz seminarista e congreganista, de tão pouco agrado para a Igreja e as Congregações que estas, quase sempre, se livraram deles em devido tempo, recusando-lhes o "nihil obstat". Apenas os têm de os gramar os incautos e serviçais.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Estava a espreitar um programa oficial do velho Ministério da Cultura. Apareceu um hierarca do situacionismo a dar lições literárias sobre o contrapoder. Desliguei imediatamente, porque corria o risco de vomitar. Porque o que ele nos escreve lá do cima custa uma imensidade de euros em cada vírgula. E nem sequer sabe escrever.

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José Adelino Maltez

25 de Junho de 2011

Relendo velhas tradições dos que apenas gostam de saudar os vencedores: "trabalhar o cacete, desandar o bordão, descarregar o arrocho, são axiomas eternos e invariáveis regras de justiça. Adeptos de "correada não só que deixe vergão, mas que corra sangue, ....só o sangue do açoite cura". Quem se mete com o poder, leva, faz parte do manual dos intelectuários de serviço. Incluindo os viracasacas.

publicado por José Adelino Maltez às 22:22

24
Jun 11

24 de Junho de 2011

Para registo, de uma análise em noite de Verão e em pleno passismo.

Graça Franco e José Adelino Maltez analisam cimeir - SIC Notícias - SAPO Vídeos

videos.sapo.pt

O futuro de Portugal no quadro económico europeu no centro dos comentários

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24 de Junho de 2011

Sou suspeito, até pelo curriculum de professor que nasceu numa, cresceu noutra e chegou a acumular por amor e a ser maltratado por isso. Mas há problemas culturais que implicam a eliminação de algumas megalomanias de escolas de regime, marcadas pelo oportunismo e que impedem a superior leitura da eterna ideia de universidade, em tempos de primado da subsidiocracia e de cobarde carreirismo

Universidades Clássica e Técnica de Lisboa à beira da fusão - Sociedade - Sol

sol.sapo.pt

As Universidades Técnica e Clássica de Lisboa deverão transformar-se numa só instituição, com um quadro de pessoal único e serviços administrativos e de acção social comuns.

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Hoje é dia de São João. O de tempos imemoriais, conforme foi recordado neste dia do ano de 1717 em "Goose and Gridiron Ale House", St Paul’s Churchyard. Daí a bela confusão de solstício. Como no dia de Natal.

 

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Quatro anos depois de Garrett, em 22 de Abril de 1834, o mais importante tratado da liberdade nacional portuguesa, o de Paris. Isto é, França e Grã-Bretanha coordenam conjuntamente Portugal e a Espanha. Península Ibérica passa a ser controlada por esta dupla do directório europeu e da hierarquia das potências, isto é, Lisboa deixa de depender directamente de Madrid.

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Um livrinho para fim de semana de futuro secretário de estado, Almeida Garrett, "Portugal na Balança da Europa. Do que tem sido e do que ora lhe convém ser na ordem nova de coisas do mundo civilizado", Londres, S. W. Sustenance, 1830. Sobretudo o "de que ora lhe convém ser"...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Belos tempos de funcionário público. O meu colega de gabinete era o José Manel Silva Rodrigues e na direcção-geral congénere trabalhava na mesma função o Guilherme d' Oliveira Martins, todos ministerializados pelo tal de António Barreto. Que não nos topava muito bem, porque eu e o Guilherme tínhamos sido adjuntos do antecessor, o Magalhães Mota.

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

A comissão de trabalhadores em causa foi das primeiras não-PCP nem sequer de esquerda. Andávamos nos tempos áureos da central UGT e até participámos nas sementes do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, depois de perdermos as eleições para o PCP no primeiro sindicato da função pública. E no meu caso, bem desencávamos no ministro António Barreto...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Quando eu era puto e funcionário do Ministério do Comércio, antes dos trinta anos, tive um ministro socialista que manteve o director-geral que tinha herdado. Só ficou irritado com a comissão de trabalhadores e emitiu um despacho proibindo que os seus funcionários emitissem declarações públicas sobre questões internas. O ministro era António Barreto, um dos sindicalistas era eu.

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

O novo ministro da Administração Interna diz que em plena época de incêndios não é oportuno avançar com mudanças. Aliás, nem Salazar, a partir de 1928, tocou no Alberto Xavier, o democrático super-burocrata do Ministério das Finanças, tal como Manuel Rodrigues manteve o secretário-geral do Ministério da Justiça, antigo ministro afonsista. A moda destruidora é bem mais recente.

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24 de Junho de 2011

O novo zé chama-se pedro e é primo do outro zé cujo nome tem aquela coisa esquisita de terminar em ão...muito corajosos os três, muito corajosos...

http://imagens.publico.pt/imagens.aspx/345036?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&t=1308927305%2C5

imagens.publico.pt

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

O Guerra Junqueiro até previa a hipótese de chegada de um D. Sebastião científico. Não era piada ao marxismo. Era ao habitual Professor Pardal das pastas educativas. O que costuma ser sugerido e escolhido pelos senhores primeiros ministros que ouvem o douto conselho do Professor Manitu que sempre gostou dos redactores do Grito do Povo.

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24 de Junho de 2011

Benvinda, querida Croácia! Sem ironia.

Líderes europeus aprovam adesão da Croácia à UE | Económico

economico.sapo.pt

Os líderes europeus aprovaram a conclusão das negociações conduzidas desde 2005. Adesão formal deve ocorrer em Julho de 2013. | Notícias sobre economia actualizadas ao minuto, informação de mercados, empresas e política, vídeos diários, opiniões de analistas e especialistas

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Os secretariáveis, depois dos nomes já lançados para a figueira, e sem que o telefone toque, nem sequer aproveitam a ponte, tostando diante das ondas. Ainda por cima, o grande chefe não vem de jacto especial... ainda aterra na Portela e na carreira do costume...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

As agressões ideológicas do liberal mistruram "o preconceito de esquerda e o fantasma de direita". Portugal é o único país da Europa onde é pecado ser liberal (JAM, Público, hoje)

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

"Um governo bom, de média 16...é tão bom como era o primeiro governo de Sócrates...mais importante do que o perfil dos ministros é "a capacidade de resistência que irão demonstrar" (JAM, Público, hoje)

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Basta recordar que um dos gritos reivindicativos do 28 de Maio de 1926 foi a criação das províncias, que era então um nome equivalente ao da regionalização. Nem em ditadura o conseguiram, conforme o belo relatório dito "Reforma Administrativa" emitido, depois, pelo Ministério do Interior. Porque iriam para a desertificação as cidades de província que perdessem os serviços do governo civil...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Depois, Costa Cabral, com o despotismo dito democrático do controlo eleitoral, a corrupção e o centralismo, gerou o facto consumado que ainda não foi possível lancetar, gerando-se sucessivos absolutismos de facto de variados e contraditórios regimes e do equilíbrio capitaleiro de forças vivas que degeneram as democracias...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Quem fez os distritos não foi o Mouzinho da Silveira, mas o Rodrigo da Fonseca em pleno devorismo, quando inventou uma estrutura de compra dos opositores através da "mesa do orçamento" para que todos passassem a alegres convivas com os impostos do povo, dando satisfação à política de empregadagem do Estado Moderno...

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

Os tais distritos, formalmente provisórios desde a Constituição original de 1976, resistem e persistem por uma simples razão: os partidos que se oligarquizam eleitoralmente para as listas eleitorais, donde vem a principal matriz dos pequenos poderes domésticos e caciqueiros, bem mais importantes do que os governadores nomeados.

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José Adelino Maltez

24 de Junho de 2011

António Barreto denuncia a lei que regula a instabilidade nomeativa dos altos cargos da administração pública, sem dúvida a principal fonte de clientelismo, aguardando pela atitude do novo situacionismo, apar sabermos se o devorismo rotativista vai ou não continuar.

publicado por José Adelino Maltez às 22:22

Um dos três ex-presidentes do PSD que é comentador televisivo, acabou de rapar de uma lista e, demonstrando que bebe do fino, indicou meia dúzia dos novos secretários de estado. Até explicou que os deputados do PSD que não votaram em Nobre podiam ser os ilhéus que queriam um presidente parlamentar das autonomias...

 

No PS começou a caça aos santos, só porque deixou de haver mouro na costa...

 

Não é por acaso que o Marquês de Pombal foi paradigma de jacobinos e salazarentos. Eu continuo a preferir a análise do respectivo perfil, conforme Camilo Castelo Branco. Daí que não alinhe no elogio a neoministro feito por direitistas e socialistas, subscrevendo o que dele acaba de dizer Pacheco Pereira.

 

António Barreto denuncia a lei que regula a instabilidade nomeativa dos altos cargos da administração pública, sem dúvida a principal fonte de clientelismo, aguardando pela atitude do novo situacionismo, apar sabermos se o devorismo rotativista vai ou não continuar.

 

Altos hierarcas dos anteriores situacionismos dissertam em programas televisivos sobre a estrutura de concentração do novo governo. Ainda ninguém disse que o ministério de Álvaro Santos Pereira nada mais do que a reedição do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado para Fontes Pereira de Melo em 1852, coisa que, na república, mudou de nome para Ministério do Fomento.

 

Em Portugal com este estúpido artigo constitucional que permite a mudança de ministérios e nomes com o simples decreto presidencial de nomeação dos ministros, apenas é novo aquilo que se esqueceu...

 

 

Quem fez os distritos não foi o Mouzinho da Silveira, mas o Rodrigo da Fonseca em pleno devorismo, quando inventou uma estrutura de compra dos opositores através da "mesa do orçamento" para que todos passassem a alegres convivas com os impostos do povo, dando satisfação à política de empregadagem do Estado Moderno...

 

Depois, Costa Cabral, com o despotismo dito democrático do controlo eleitoral, a corrupção e o centralismo, gerou o facto consumado que ainda não foi possível lancetar, gerando-se sucessivos absolutismos de facto de variados e contraditórios regimes e do equilíbrio capitaleiro de forças vivas que degeneram as democracias...

 

Basta recordar que um dos gritos reivindicativos do 28 de Maio de 1926 foi a criação das províncias, que era então um nome equivalente ao da regionalização. Nem em ditadura o conseguiram, conforme o belo relatório dito "Reforma Administrativa" emitido, depois, pelo Ministério do Interior. Porque iriam para a desertificação as cidades de província que perdessem os serviços do governo civil...

 

‎"Um governo bom, de média 16...é tão bom como era o primeiro governo de Sócrates...mais importante do que o perfil dos ministros é "a capacidade de resistência que irão demonstrar" (JAM, Público, hoje)

 

"Um governo bombeiro, tipo troika" que irá fazer leis "conforme os incêndios" (JAM, Público, hoje)

 

Se "com os dados que temos hoje" é possível dizer que "o país fecha daquia um ano ou dois", temos de iniciar uma cruzada do "federalismo europeu...escolhemos para ministro das Finanças um subsecretário de Estado de Bruxelas...uma boa escolha" (JAM, Público, hoje)

 

As agressões ideológicas do liberal mistruram "o preconceito de esquerda e o fantasma de direita". Portugal é o único país da Europa onde é pecado ser liberal (JAM, Público, hoje)

 

Os secretariáveis, depois dos nomes já lançados para a figueira, e sem que o telefone toque, nem sequer aproveitam a ponte, tostando diante das ondas. Ainda por cima, o grande chefe não vem de jacto especial... ainda aterra na Portela e na carreira do costume...

 

Um livrinho para fim de semana de futuro secretário de estado, Almeida Garrett, "Portugal na Balança da Europa. Do que tem sido e do que ora lhe convém ser na ordem nova de coisas do mundo civilizado", Londres, S. W. Sustenance, 1830. Sobretudo o "de que ora lhe convém ser"...

Quatro anos depois de Garrett, em 22 de Abril de 1834, o mais importante tratado da liberdade nacional portuguesa, o de Paris. Isto é, França e Grã-Bretanha coordenam conjuntamente Portugal e a Espanha. Península Ibérica passa a ser controlada por esta dupla do directório europeu e da hierarquia das potências, isto é, Lisboa deixa de depender directamente de Madrid.

publicado por José Adelino Maltez às 15:22

23
Jun 11

23 de Junho de 2011

Não é por acaso que o Marquês de Pombal foi paradigma de jacobinos e salazarentos. Eu continuo a preferir a análise do respectivo perfil, conforme Camilo Castelo Branco. Daí que não alinhe no elogio a neoministro feito por direitistas e socialistas, subscrevendo o que dele acaba de dizer Pacheco Pereira.

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José Adelino Maltez partilhou uma ligação.

23 de Junho de 2011

No PS começou a caça aos santos, só porque deixou de haver mouro na costa...

http://www.publico.pt/Política/francisco-assis-convidou-cesar-para-presidente-do-ps_1499980

www.publico.pt

publicado por José Adelino Maltez às 22:21

21
Jun 11


Há mais de dois mil anos, bem antes de Cristo, se marca um dia muito especial, o do solstício, dito de Jano, o dos (re)começos, donde veio Janeiro, o nome do mês, o do deus bifronte, de duas faces, uma visível, outra invisível, e com que muitos confundem, e ainda bem, o dia de São João.

 

E, sem ser por acaso, a não ser os sagrados, Portugal também viveu, a 21, o dia de passagem do testemunho, e da eventual regeneração da república contra o cinzentismo da classe política e da partidocracia.

 

Porque a derrota da véspera se transformou na vitória da divisão e interdependência dos poderes e de aviso à navegação contra o principado.

 

Para que se consensualize a humildade da democracia pluralista, que não pode cair na virose do ir de vitória em vitória, para a nossa derrota final.

 

Até há momentos que são os do regresso da palavra e do alto nível da democracia, como aconteceu no dia joanino de uma mulher, a que produziu um dos melhores discursos que ouvi na última década de um actor político.

 

Fiquei feliz porque ela mostrou ser feliz em servir. E 186 deputados ajudaram à boa esperança.

 

Que viva essa nossa democracia!

publicado por José Adelino Maltez às 15:24

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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