Cavaco corre o risco de não perder as eleições de domingo...os resultados das presidenciais podem repetir-se. Pena, terem demorado tanto tempo a realizar-se.
Se o PS sair do governo, um qualquer líder pode dizer, com toda a justiça que o partido não assinou nenhum acordo com a troika. Partidos troikados foram só o PSD e o CDS. Porque o governo de Portugal não é nem era o PS. Não é problema de forma. É de fundo. Era a mesma coisa que dizermos que Cavaco representa o PSD, o CDS e o MEP.
Não tarda que o PS teorize a tralha socrática...
Ontem, depois dos telejornais, foi patético demais aquele debate onde o MEP aparecia ao mesmo tempo em quatro televisões, no deferimento de um diferido com que cumpriram uma providência cautelar. Resta saber se vai haver outra para a nulidade das eleições ou para a inconstitucionalidade do acordo da troika...
Belmiro deve ter mais peso do que Basílio e Manel Pinho juntos, mas nenhum deles é minimamente povo.
O largo espaço que vai das empresas de regime às escolas de regime, depois de afogar os socialistas, prepara-se para liquidar as esperanças de Passos, através das velhas técnicas do congreganismo dos carreiristas cobardes que, há muito, investiram nos próximos ministeriáveis e nas viúvas do costume, com seus discursos de rapina resiliente...
Até no carreirismo universitário isso é frequente nos transportadores de pasta do profe... visando garantir o sindicato das citações mútuas que nos leva a atrasos seculares, filhos da inquisição, da censura e das modaas que passam de moda
O situacionismo é mera consequência do arquipélago corrupto de sub-situacionismos que nos vão sufocando em rede, a dos comadres e compadres que abocanharam a mesa do orçamento num fartar vilanagem de "outsourcing", consultadoria e falta de vergonha, através de uma ampla coligação de padrinhos que vai do salazarismo aos arrependidos da extrema-esquerda, com PSD e PS no núcleo distribuidor das prebendas...
O que estará em cima é o que já está em baixo, nas quintarolas sub-estatais do regabofe. Ainda ontem, lia discurso de um destruidor institucional, até há pouco ministeriável, onde, sentado no poder, invocava o regresso ao modelo so situacionismo anterior. Exactamente aquele que o dito da dita carreirística espatifou. Está à espera que o subchefe compadre vá mesmo a ministro.
Se, pessoalmente, continuo sem saber onde votar, reparo como o vento mudou e a corrente dominante até arrasta o próprio Sócrates para subliminares discursos onde abundam formas verbais só em pretérito. Por outras palavras, até Sócrates já é pós-socrático, sem que o PSD se torne pós-cavaquista, devido à sombra mediática de Portas...