Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

04
Jul 11

Deus queira que estes governantes possam passar por entre as pingas da chuva deste Verão, ou que. como bíblicos camelos, se esgueirem pelo buraco da agulha. Por mim, farei todos os esforços por encontrar a dita no presente palheiro do estado a que chegámos e entregá-la-ei a quem de direito.

O reino de Portugal não é uma "signoria". Constitucionalmente, sempre houve rei eleito! Até em dinastia havia quebra de escudos e nunca se praticou o chamado "rei morto, rei posto". Isto sempre foi uma república, mesmo com rei.

Finalmente um politicamante desjardinado: “por trás da maioria das declarações de João Jardim em relação ao continente reside quase sempre uma ameaça velada ou implícita de que se os governos centrais não satisfizerem as exigências da Madeira, então tudo pode acontecer... Inclusive a possibilidade da independência deste território insular” (um ministro, noutro heterónimo, o ortónimo).

Alguns caçadores de bruxas, julgam que a verdadeira preparação de um tipo para a ascensão ministerial passa por ele nunca antes ter falado com o abecedário da ruptura, só em politiquês quadrado e em adulação serôdia. Eu admiro ministros que tenham partido a loiça. Incluindo a das minhas crenças e das minhas perspectivas reformistas. Um burro não tem que mudar apenas para mula. Pode cavalgar, se a tanto ousar.

Sobre a tradicional técnica da caça às bruxas: "Não há mister audácia, nem inteligência, nem ciência – audácia porque o adversário não responde; inteligência, porque o adversário não corrige; ciência porque os únicos que podem corrigir estão sob um sigilo que lhes inibem a correcção" (Fernando Pessoa). Basta vivermos como pensamos, sem pensarmos muito como depois vamos viver.

Começam a levantar-se vozes na Alemanha para a instauração do "Deutsche Mark Partei". Estranho a defesa da moeda, paradoxalmente criada pelas entidades ocupantes do "Dritte Reich". Logo, tenho de sublinhar a neutralidade de Portugal, da Suécia e da Confederação Helvética. E recordar a colaboração recebida dos alemães para a instauração da nossa democracia. Tenho saudades desta Europa.

A nossa "sociedade de corte", bem capitaleira, já não é a "corte na aldeia"..."da roupa branca", nem o velho "pátio das cantigas". Vale a pena ler esta história, sobre os verdadeiros meandros mercantilistas do "estado a que chegámos"...

Um professora, há vinte anos na sua escolinha, conta na televisão como ela se fez, por acção de cooperação e voluntariado da comunidade do Outeirinho, onde o público foi verdadeiramente horizontal. Esqueceu-se da velha herança absolutista dos burocratas, para quem só é público o que vem de cima e à distância, a mando do senhor ninguém...

Alguma estupidez jacobina e revolucionária não entende que o mais público que há em Portugal vem do horizontalismo dos vizinhos, de baixo para cima. Os de cima confundem a legitimidade do título com a legitimidade do exercício e pensam que o público pode expropriar o essencial da herança do que é comum...

A herança efectivamente comunitária devria primar sobre o burocrático. Pelo menos, deveria ser sagrado o direito a ser ouvida. Se matarem o comum, asfixiam a política em nome do Estado. Odeio este Leviathan tecno-burrocrático! Faz lembrar a estadualização dos baldios e terras do povo...

Há determinadas luminárias que, olhando um qualquer relatório abstracto, concluiriam ser melhor encerrar a ilha do Corvo, pondo todos os seus habitantes num hotel de quatro estrelas. São os mesmos que concluiriam, naturalmente, pela inviabilidade e insustentabilidade da república dos portugueses. Esquecem-se apenas que quem resistiu aos piratas turcos foram os corvinos e não os ministeriais.

A democracia nem é assim tão cara. Mas lá se vai cerca de um sexto do chamado imposto extraordinário. Por isso temos de ser exigentes.

publicado por José Adelino Maltez às 21:21

O Estado não tem força por deter a RTP. Tem porque é detentor de um monopólio natural: o sinal de televisão que apenas é concessionado e sujeito a restrições contratuais. Os chamados privados são apenas concessionários de um bem público, onde bem precisávamos de um Estado forte, que é exactamente o contrário do pretenso Estado-Empresário, porque defendo que o poder político deve ser efectivamente superior ao poder dos privados, incluindo dos grupos de comunicação social.

publicado por José Adelino Maltez às 13:55

Alguma estupidez jacobina e revolucionária não entende que o mais público que há em Portugal vem do horizontalismo dos vizinhos, de baixo para cima. Os de cima confundem a legitimidade do título com a legitimidade do exercício e pensam que o público pode expropriar o essencial da herança do que é comum...

 

Sobretudo aqueles que pensam que a legitimidade partidocrática é superior aos povos...

 

A herança efectivamente comunitária deveria primar sobre o burocrático. Pelo menos, deveria ser sagrado o direito a ser ouvida. Se matarem o comum, asfixiam a política em nome do Estado. Odeio este Leviathan tecno-burrocrático! Faz lembrar a estadualização dos baldios e terras do povo...

 

Quando uma escolinha é do povo, o ministério deve pedir autorização ao povo e não se esquecer que o mal do estadão também pode estar sentado na sede municipal...

 

O pensamento unidimensionalizador é mal da esquerda e da direita...

 

Todos os revolucionários e contra-revolucionários costumam esmagar as suas Vendeias e as suas revoltas dos Canudos...

 

Tenho uns avoengos que andaram no miguelismo, na patuleia, na revolta do Grelo e a defender o direito das águas contra as espingardas da GNR do salazarismo...aprendi nos genes em quatro gerações...

 

Sei o que é um concelho pluri-secular extinto pelo Estado em 1836 e temo que agora façam essa contabilidade com freguesias. Ainda tenho para aí a bandeira das velhas franquias anteriores ao Estado, incluindo das comunas sem carta, como Sardinha chamava às freguesias...É a nossa pátria! Mesmo que os banco-burocratas nunca o compreendam!

 

Também podem reler Alberto Sampaio: "As Vilas do Norte de Portugal" e "As Póvoas Marítimas do Norte de Portugal", uns anitos antes da República e de Sardinha!

 

Sou mesmo um comuna "avant la lêtre"...sobretudo contra o Estado Terrorista, assente no falso terrorismo do que decretam como razão...(estou a citar Albert Camus, descansem).

 

Em Portugal, Proudhon chama-se Herculano e Henriques Nogueira e traduz-se no programa de descentralização: é preciso que o país seja administrado pelo país...

 

Há determinadas luminárias que, olhando um qualquer relatório abstracto, concluiriam ser melhor encerrar a ilha do Corvo, pondo todos os seus habitantes num hotel de quatro estrelas. São os mesmos que concluiriam, naturalmente, pela inviabilidade e insustentabilidade da república dos portugueses. Esquecem-se apenas que quem resistiu aos piratas turcos foram os corvinos e não os ministeriais.

 

Há determinados ministeriais que, se fossem ao Corvo, se espantariam com o monumento que está na praça do respectivo campo de aviação. Por acaso, aos soldados mortos em nome de Portugal.

 

Essa emoção patriótica da minha ida ao Corvo só foi suplantada quando senti as orações em português na sinagoga de Amsterdão.

 

Terá sida a única, ou das poucas, que não foi destruída em território ocupado pelo Adolfo. Este terá cedido a pressão diplomática cá dos "hereges"...

 

Quem julgar que o modelo de desenvolvimento que nos levou ao desastre nasceu de um acaso e não de um erro deliberado de teoria e de estratégia, continuem a seguir as bruxas que não se arrependem nunca.

 

á certas luminárias capitaleiras como aquele professor nórdico bem antifascista com quem um dia me cruzei num colóquio na Horta. Estava a manifestar o seu repúdio pela circunstância de ainda haver salazarismo na autonomia dos Açores, porque tinha funcionado o parlamento regional numa coisa chamada "Amor de Pátria"...Eu bem lhe tentei explicar o que tinha sido essa do desembarque do Mindelo, mas no manual de preconceitos dele não vinha tal flexibilidade de software...

 

Enquanto os ministeriais não tiverem humildade de assumir que uma pátria é coisa de alma que vem das muitas pequenas pátrias, as tais pela história e pelo sonho são Portugal, mal vai a república!


A nossa "sociedade de corte", bem capitaleira, já não é a "corte na aldeia"..."da roupa branca", nem o velho "pátio das cantigas". Vale a pena ler esta história, sobre os verdadeiros meandros mercantilistas do "estado a que chegámos"...

 

É a velha técnica da antropofagia e do lavar as mãos como Pilatos. Foram sempre os outros...

 

Preocupa-me a falta de adequada blindagem de balneário dos novos donos do poder...Convinha um estágio com Pinto da Costa

 

Em pulhítica, há alguns vencedores que vão dizendo para os seus botões: "o crime compensa". Já em público dizem o preciso contrário. Fazem parte da raça pura do chico esperto. Acabei de confirmar a notícia. Não a deste episódio, mas o de outra telenovela.

 

Que sejam ministros felizes! E deputados contentes!

 

Como está senhor contente? Como está senhor feliz? Diga à gente, diga à gente, como vai este país?

publicado por José Adelino Maltez às 13:44

Começam a levantar-se vozes na Alemanha para a instauração do "Deutsche Mark Partei". Estranho a defesa da moeda, paradoxalmente criada pelas entidades ocupantes do "Dritte Reich". Logo, tenho de sublinhar a neutralidade de Portugal, da Suécia e da Confederação Helvética. E recordar a colaboração recebida dos alemães para a instauração da nossa democracia. Tenho saudades desta Europa.

 

Estratégia é transformar as vulnerabilidades em potencialidades e evitar que as potencialidades passem a vulnerabilidades. A estratégia de um pequeno ou médio Estado não pode ser a tradução em calão da estratégia de certas sebentas dos macro-estudiosos ao serviço dos micro-interesses dos donos do poder da balança europeia e mundial. É ser mais raposa do que lobo.

 

 Fala um jovem negociador que recebia orientações diárias dos velhos sabidos nas negociações da Efta. Até o embaixador nos dava regular táctica (o embaixador era um tal Ernâni Lopes). Depois vieram os modernizadores das ingríncolas, entre eucaliptos e produção de cogumelos em estufa, mas estes é que foram os ministros que encerraram os dossiês e ainda há pouco eram reverenciados como génios... empresariais, talvez por terem começado no Bloqueio Central, mesmo os ditos de direita. Os resultados estão à vista. Sobretudo os empresariais. Querem listá-los? Basta referenciar os nomes.

 

 

Por interesses de grupos de interesse e de grupos de pressão. Que quebraram a tradição do serviço público, nomeadamente da velha estrutura do partido dos agrocratas, de um lado, e do conceito de coordenação económica, do outro. Basta ver como foram maltratados os velhos directores-gerais e quem foram os novos. Basta uma análise curricular. Mas um dia há-de ser feita a história. Quando reconhecerem que não há Estado que resista sem uma estrutura técnica de melhor qualidade que a dos privados e que possa competir em informação e formação com os melhores serviços públicos dos outros e das próprias organizações internacionais. Fala um liberal que não é parvo e que quer um Estado mínimo, mas do melhor e com maior força.

 

Sei um pedacinho da coisa. Quatro vezes adjuntos de membros do governo na área económica. E com uma carreira de técnico de segunda a subdirector-geral, por acaso da concorrência. Ponto.

 

E como adjunto de membros de governo, sem nunca ter sido de qualquer partido. Incluindo do partido dos membros do governo em causa. Era um tecnocrata já político.

 

E assumidamente de nomeação política. Outro ponto sem exclamação. Neste regime e por este regime. Um pouco antes de nossos maoístas passarem a democratas e a grandes-pensadores da direita.

 

O primeiro posto ainda foi num governo provisório.

 

A história é fácil de fazer. Falei em quatro governos. Mas foram cinco os económicos. Por isso é que o quinto não foi incluído na categoria. E um sexto já só político. E posso falar dos ministros que servi na fase dos governos provisórios e presidenciais. Eram paradigmas de honestidade total. Mesmo total. Acima de qualquer suspeita. É o segredo.

 

publicado por José Adelino Maltez às 13:24

Sobre a tradicional técnica da caça às bruxas: "Não há mister audácia, nem inteligência, nem ciência – audácia porque o adversário não responde; inteligência, porque o adversário não corrige; ciência porque os únicos que podem corrigir estão sob um sigilo que lhes inibem a correcção" (Fernando Pessoa). Basta vivermos como pensamos, sem pensarmos muito como depois vamos viver.

 

A frase final não é da minha autoria: é do meu querido professor de história do direito em Coimbra, Guilherme Braga da Cruz. Só muitos anos depois, vim a saber das suas íntimas relações com S. José Maria Escrivá. Por outras palavras, nada como a complexidade. O único seguro para o pluralismo que conheço.

 

Outro enigma: depois da sangreira de 1927, Raul Proença ficou refugiado em casa de Afonso Lopes Vieira. Tal como Basílio Teles foi a Tribunal defender o Luís Magalhães, ministro da Traulitânia. Todos faziam parte da velha associação lusitana dos homens livres.

 

Outro enigma: quando o PREC embebedado começou a deter cidadãos sem culpa formada, a ritmo de fotocópia, uma das entidades que se mexeu em defesa das vítimas foi a Liga Portuguesa dos Direitos do Homem. Eu próprio fui intermediário, através do Dr. Contente Ribeiro.

 

Portugal tem quase nove séculos. Faltam 29 anos para 2040...A maçonaria portuguesa é de 1802... 209 anos. Coisas da tradição não se vislumbram com parangonas.

 

publicado por José Adelino Maltez às 13:22

Alguns caçadores de bruxas, julgam que a verdadeira preparação de um tipo para a ascensão ministerial passa por ele nunca antes ter falado com o abecedário da ruptura, só em politiquês quadrado e em adulação serôdia.

 

Eu admiro ministros que tenham partido a loiça. Incluindo a das minhas crenças e das minhas perspectivas reformistas.

 

Um burro não tem que mudar apenas para mula. Pode cavalgar, se a tanto ousar.

 

 Até pode cavalgar o tigre...de papel

publicado por José Adelino Maltez às 13:20

Finalmente um politicamante desjardinado: “por trás da maioria das declarações de João Jardim em relação ao continente reside quase sempre uma ameaça velada ou implícita de que se os governos centrais não satisfizerem as exigências da Madeira, então tudo pode acontecer... Inclusive a possibilidade da independência deste território insular” (um ministro, noutro heterónimo, o ortónimo).

 

(O professor de Economia, no seu livro Os mitos da Economia Portuguesa, dedica um capítulo à independência deste arquipélago, texto que foi integralmente reproduzido pelo Jornal da Madeira, propriedade do governo de Alberto João Jardim, no Dia da Região)

 

Quem tiver arquivos bem arrumados pode publicar diariamente notícias destas até ao fim da vigência do pacto da troika...porque na parática a teoria é outra

 

O título revela um dos fantasmas constitucionais: a proibição de organizações fascistas e separatistas, sobretudo porque não há fascistas e separatistas com dimensão metafolclórica

 

A melhor forma de resolver-se a chantagem seria admitir a plenitude organizacional da liberdade. Haveria um duplo triunfo da portugalidade e da democracia.

 

publicado por José Adelino Maltez às 12:40

Deus queira que estes governantes possam passar por entre as pingas da chuva deste Verão, ou que. como bíblicos camelos, se esgueirem pelo buraco da agulha.

 

Por mim, farei todos os esforços por encontrar a dita no presente palheiro do estado a que chegámos e entregá-la-ei a quem de direito.

 

O reino de Portugal não é uma "signoria".

 

Constitucionalmente, sempre houve rei eleito! Até em dinastia havia quebra de escudos e nunca se praticou o chamado "rei morto, rei posto". Isto sempre foi uma república, mesmo com rei.

 

publicado por José Adelino Maltez às 12:39

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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