Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

14
Jul 11

Como ironicamente dizia Fernando Pessoa sobre Salazar: "ele estabeleceu imediatamente o seu prestígio quando tomou posse, através de um discurso que é tão diferente dos discursos políticos habituais que o país aderiu a ele de imediato. E o público é incompetente para apreciar uma coisa tão profundamente técnica como as suas reformas financeiras. Ao fim e ao cabo, o prestígio é sempre não-técnico." O modelo continua.

Oiço a degenerescência deste normal anormal do vazio de parlamento. Um imposto extraordinário vai ser aprovado no conselho de ministros e apresentado ao país através de conferência de imprensa pelo ministro, certamente depois de ser negociado com a "troika". Eu pensava que tal matéria era de reserva absoluta da Assembleia da República. Na prática, a teoria é outra. Mais uma vez.

A notícia do dia. Vale mais do que um "rating" qualquer. Abílio está de volta e pelos passeios do Porto é como uma espada cinta dando cabo de todos os freixos. Há dois anos que tinha sido eleito deputado progressista por Macedo de Cavaleiros e estamos a cinco de "A Velhice do Padre Eterno"

publicado por José Adelino Maltez às 21:27

‎"Lia Marx e Trotsky, os meus amigos eram maoistas. Eu sempre fui mais trotskista...".

 

Acabei de descobrir a principal candidatura alternativa à sucessão de Francisco Louçã.

 

Ainda por cima não é caviar.

 

Mas eu próprio li tudo, não começa em alhos nem acaba em bugalhos.

 

É tudo "hard left", rock''n''roll. Vão chamar tia a outra.

 

 Lili é o espelho da nação...à esquerda, mas na direita.

publicado por José Adelino Maltez às 18:34

Oiço a degenerescência deste normal anormal do vazio de parlamento. Um imposto extraordinário vai ser aprovado no conselho de ministros e apresentado ao país através de conferência de imprensa pelo ministro, certamente depois de ser negociado com a "troika". Eu pensava que tal matéria era de reserva absoluta da Assembleia da República. Na prática, a teoria é outra. Mais uma vez.

 

Os povos apenas pagam, já não decidem. Até em matérias para as quais os indirectamente eleitos receberam mandato político em sentido contrário.

 

E lá se vai deslizando para a ditadura das finanças sem dor. Mais uma vez em nome da salvação da pátria. Devia haver prévia comunicação parlamentar da proposta. Não atrasava nem vinte minutos a operação de marketing político.

 

Entre isto e o bailado de Teixeira dos Santos antes do PEC fatal que tramou Sócrates, venha o Diabo e escolha. Basta tirarmos do arquivo os protestos do PSD na altura.

 

A conferência de imprensa do número dois do governo devia ser feita na bancada formal do parlamento.

 

Quem assim alinha no circuito paralelo de certo estadão corre o risco de não cumprir a primeira das nossas leis fundamentais.

 

Não é uma questão de forma. É o mais substancial da primeira e principal das democracias, a democracia fiscal.

 

Como ironicamente dizia Fernando Pessoa sobre Salazar: "ele estabeleceu imediatamente o seu prestígio quando tomou posse, através de um discurso que é tão diferente dos discursos políticos habituais que o país aderiu a ele de imediato. E o público é incompetente para apreciar uma coisa tão profundamente técnica como as suas reformas financeiras. Ao fim e ao cabo, o prestígio é sempre não-técnico." O modelo continua.

 

publicado por José Adelino Maltez às 18:30

Julho 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

15
16

17
19
20
22
23

25
26



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO