Como ironicamente dizia Fernando Pessoa sobre Salazar: "ele estabeleceu imediatamente o seu prestígio quando tomou posse, através de um discurso que é tão diferente dos discursos políticos habituais que o país aderiu a ele de imediato. E o público é incompetente para apreciar uma coisa tão profundamente técnica como as suas reformas financeiras. Ao fim e ao cabo, o prestígio é sempre não-técnico." O modelo continua.
Oiço a degenerescência deste normal anormal do vazio de parlamento. Um imposto extraordinário vai ser aprovado no conselho de ministros e apresentado ao país através de conferência de imprensa pelo ministro, certamente depois de ser negociado com a "troika". Eu pensava que tal matéria era de reserva absoluta da Assembleia da República. Na prática, a teoria é outra. Mais uma vez.
A notícia do dia. Vale mais do que um "rating" qualquer. Abílio está de volta e pelos passeios do Porto é como uma espada cinta dando cabo de todos os freixos. Há dois anos que tinha sido eleito deputado progressista por Macedo de Cavaleiros e estamos a cinco de "A Velhice do Padre Eterno"