Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

19
Set 11

O mal das decadências sempre foi o politicamente correcto do "agenda setting" e das suas campanhas de imagem, sondagem e sacanagem. O pior é que há, pelo menos, dois, os dos irmãos-inimigos, do situacionismo e do oposicionismo. Dizem o mesmo, entre a tese e antítese, sem divergências nem convergências. Deste modo, falha sempre a necessária emergência e enrodilhamo-nos em semanários do regime, comentadores do regime e empresas do regime. Pagam todos, apenas ganham alguns.

 

‎"Lapsus linguae" é o mesmo que "lapsus calami". Pedimos desculpa por este lapso, a telenovela continua. Em política o que é, é mesmo. E tudo o que parece será, salvo se eu disser que quando quis dizer o que disse não o disse. Isso da palavra dada é chão de lagoa...

 

Político "ocasional", feito ministro "colossal", diz que o problema da Madeira é "pontual". Ainda bem que há Gaspar. Se fosse o Mira, do angolar, já estavam extintos os serviços públicos que ele considera inúteis, com despedimentos imediatos. Zedu tentou contratá-lo para elaborar o prace, o premar, o premac e o o prozac luandenses. Amorim não deixou.

 

Alberto João confessou a contabilidade criativa que é um ramo da chamada engenharia financeira, a que nos foi ensinada pelos sucessivos ciclos do cavaquismo, do guterrismo, do barrosismo, do santanismo e do socratismo. Agora, troikados, estamos sujeitos a outros fiscalizadores e controladores. E começa a ditadura das contas, onde sumir não é somar. Há quem tenha perdido o prazo de validade. E há quem passe de pirómano a bombeiro. Espero que o PSD descalce a bota a que nos atou. Já chega de pé de chumbo. O tango agora é outro.

 

"Obviamente que a situação na Madeira prejudica a imagem de Portugal no exterior. Quando se procura, em termos de política externa, o tempo que é levado a construir um boa imagem é infinitamente superior ao tempo que a faz destruir. Os melhores esforços do Governo foram destruídos pela gestão de percepção, é uma situação infinitamente gravosa para a imagem do País. Citando Manuel Alegre, há aqui o problema típico da imagem, da sondagem e da sacanagem."(depoimento prestado ao Diário Económico)

publicado por José Adelino Maltez às 21:41

Metade dos cursos do ensino superior ficaram com a totalidade das vagas preenchidas (título da Lusa). Pela primeira vez em seis anos, o número de alunos colocados sofreu redução (título do Público). Entradas baixam pela primeira vez desde 2005 (D. Notícias). Dos candidatos colocados em cursos públicos, 58 por cento conseguiram ficar na 1.ª opção. Sobram 11 938 vagas para a segunda fase (C. Manhã). Na internet não há títulos.

 Nas semanas anteriores, os gastos com publicidade enganosa de vários estabelecimentos públicos contribuíram naturalmente para o combate à crise das receitas de publicidade dos órgãos de comunicação social.

 

Há o macro e o micro. Numa escola de ensino superior, perto de muitos, Gestão de Recursos Humanos em regime pós-laboral e Contabilidade em regime nocturno, não tiveram qualquer ingresso. Noutra escola superior, mais perto de outros, vê-se como, puxando o lençol para um dos lados, ele destapa no outro. Maldita demografia! Maldita falta de emprego! E, pior ainda, a desertificação das mentes centrais, com música celestial!

 

Pena que os nomes não correspondam às coisas nomeadas. Quanto mais qualificações formais, menos prática delas nos sectores publicamente cimeiros, os dos planos e reformas das papas que enganam os tolos, mas que dão consultadoria às clientelas, incluindo a dos pretensos inimigos, mas comensais à mesa do orçamento. O futuro é que pagará mais. Por enquanto, ainda vivemos de rapar o tacho.

 

O pior desta engenharia de vagas do superior está no absurdo centralismo e na desbragada macrocefalia que geram. Se dão fogo às assimetrias, as consequências desigualitárias serão desastrosas. Não foi por acaso que D. João III mudou a universidade para Coimbra, quando só havia uma. E que a segunda a ser instalada foi em Évora. Como é que poderemos defender a periferia na Europa se promovemos periferias cá por dentro?

 

Foi por razões demográficas e por oportunismos carreirísticos que, num ápice, desapareceram universidades privadas que viviam do oportunismo da procura. Infelizmente, com os sinais evidentes de diminuição da procura, o aumento da oferta da banda larga, em nome da empregomania "entitária", ninguém repara no suicídio institucional?

 

 E será que também não reparam que quem mais oculta esta verdade são os partidocratas do centro e das localidades, marcadas pelo caciquismo, sobretudo os que acumulam o qualificativo de docente no ensino superior, para efeito de cartão de visitas? Basta fazerem a lista e chegarem a uma fácil conclusão

 

E ninguém tem a coragem de adequadas propostas de fusão? Primeiro de politécnicos com universidades. Depois de vários cursos repartidos por várias escolas do ensino superior, desde que não se afecte a concorrência, mas desde que, previamente, haja ciência, comunitariamente comprovada, sem artificiais transferências de área, para engano de papalvos da engenharia de nomenclaturas.

 

Ninguém repara que há muitos que se dizem importantes na política porque são docentes do superior? E que outros tantos se dizem importantes no superior porque são importantes na pulhítica? E que, somando os dois acumuladores, muitas vezes, dá menos do que zero?

 

Ninguém repara na artificialidade de recursos científicos formalmente fixados na escala dos que, formalmente, pela cronologia, não podem exercer no sítio onde professaram? Deviam poder exercer, não deveriam é contribuir para a estatística da engenharia de vagas...para gáudio dos patos bravos que vão fazendo coincidir o superior com o betão. Até em participações accionistas.

Devia acabar-se com o "numerus clausus" global. Cada escola deveria ser autónoma na fixação das respectivas vagas, mas arcaria com as responsabilidades. O Estado apenas deveria fixar o número de estudantes por curso que se comprometeria a financiar e que seriam escolhidos pelo critério da nota obtida.

Digo mais: fundir cursos em zonas onde os recursos científicos são escassos. Deslocalizar alguns para fora dos grandes centros. Utilizar a universidade pública como forma de luta contra a desertificação e a insularidade.

publicado por José Adelino Maltez às 08:57

18
Set 11

Para evitarmos que o "Sr. Silva" fique dependente tanto do "fascista do PND", como "três lobies que mandam em Lisboa (da comunicação social, Gay e da droga)", e assim resistirmos à conspiração internacional da maçonaria, nada mais libertador do futuro do que subscreverem a minha colossal obra de endividamento que, por legítima defesa e estado de necessidade, ocultei ao mafarrico de um Estado, destruidor do meu estadão.

 

Segundo o nosso correspondente no Funchal, a região demarcada de Jardim está prestes a pedir a integração no "Principado da Pontinha", que "preenche todos os requisitos exigidos pelo Direito Internacional Público para ser reconhecido como um Estado soberano e independente", visto que possui "território, domínio sobre este, povo e a respectiva Carta Monárquica Constitucional". Qualquer um pode assinar a petição.

 

Numa primeira reacção ao evento, alguém ligado à operação terá dito: "há uma coisa que aprendemos com os ingleses que nos ocuparam as concessões, o my house, my kingdom. Chegou a hora de todos os portugueses e de todos os europeus cumprirem o seu destino libertador! Não fazemos isto pela Madeira, mas pelo Mundo! Os amanhãs já cá cantam. A nossa região libertada vai ficar nos anais da história! Endividados de todo o mundo, uni-vos"

 

(Publicado, com adaptações no Forte Apache)

publicado por José Adelino Maltez às 12:35

17
Set 11

Os colossais esqueletos no armário, além de agravarem os impostos de cada um, por causa das espetadas de comício, lançaram no fio da navalha aqueles que podem vir a ser marcados pela global falta de autenticidade. Esperemos pelo comício laranja de encerramento da campanha eleitoral regional, com o eventual fim do princípio, antes do prometido princípio do fim.

 

Os sinais de conspiração da maçonaria internacional contra a primeira zona libertada do mundo pela social-democracia betonal-cristã são cada vez mais evidentes. As mentiras já não são apenas dos cubanos, do coelho, dos socialistas, do pnd, dos comunas, dos fariseus e dos seus comparsas...

 

“O que se passou desde 2004 na Madeira é uma irregularidade grave, que não tem compreensão”, afirmou Passos Coelho, algures no Contenente, quando procurava defenestrar o que lhe entrava pelo tecto das traseiras... Por menos do que isso, rolou no voto outro artista português...

 

As parangonas já não são sobre espiões, mas sobre buracos antigos que nunca os arquivistas da contabilidade alguma vez registaram: "também Jesus Cristo não percebia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca". É verdade, mas também não pregava o ódio contra inimigos imaginários nem era abençoado pelos sacerdotes das antigas crenças...

 

Cavaco, Sócrates e Jardim são, de facto, os pés de barro do presente e futuro endividamento. São dívidas de uma guerra que, afinal, foi perdida. A antiga bandeira do desenvolvimento empaturrou-nos de betão, rotundas, estátuas e placas inugurativas. Agora deviam ter faixas que explicitamente nos mostrassem qual a percentagem que cada um dos futuros vai pagar pelos colossais planeadores do vivório e foguetório do eleitoralismo.

 

Se o PSD-Madeira se jangar com o PSD-Nacional, há quem sugira a criação de um novo partido, ainda sem nome, mas que terá como representante, no Contenente, Joe Berardo. Para os Açores, está prevista a deslocação de Jaime Ramos. Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Manuel Dias Loureiro e Oliveira e Costa ainda não ponderaram os respectivos regressos.

 

O PGR vai analisar a omissão de dívida da Madeira revelada pelo Banco de Portugal e Instituto Nacional de Estatística que ascende a 1.113 milhões de euros e levará à revisão dos défices entre 2008 e 2010. O PR não vai reunir o Conselho de Estado. "Eu já disse, a dívida foi feita, está toda aí, para quem quiser ver, está tudo feito, apurem tudo o que quiserem que estamos muito descansados". Impunidade é ter razão quem vence, mesmo que vença quem não tem razão.

 

 O departamento de "agenda setting" está em alvoroço com esta deslocação de Miguel Relvas ao Brasil. A autogestão dos "éclaireurs" com sotaque à moda do Norte começa a enfadar

 

 

A técnica usada por J. Pacheco Pereira no auge do cavaquismo, e repetida pelo socratismo, de assumirem o vanguardismo da oposição da oposição, em caso de crise, não consegue tapar o sol com uma peneira nem traduzir 1. 113 milhões de euros por cinco tostões...

 

O problema é que não há Continente nessas contas. Há República e um madeirense acumula.

 

Vou ouvindo Portas. Utiliza o argumento Madeira para fins eleitoralistas. Como o faz o PS. Como faz o PCP. Como faz o BE. Por isso é que o primeiro responsável político a falar, para nossa vergonha, foi o comisssário europeu, finlandês.

 

 O INE e o Tribunal de Contas funcionaram, mas o tempo da fiscalização técnica não é, infelizmente, o tempo do fiscalizador político. E todos hão-de dizer que têm a consciência tranquila.

 

 

A pior coisa desta degenerescência jardineira, está na imediata conclusão populista sobre este populismo: a culpa esta na existência de regiões e de regionalismo. Portanto, era melhor que certos pretensos regionalistas do actual situacionismo não se precipitassem em propagandismo. Convinha lembrar que Alberto João Jardim fez campanha contra a regionalização do Continente no último referendo. Não foi falta de autenticidade, foi esperteza que nos saiu cara.

 

 É evidente que a chamada igualdade de oportunidades nas próximas eleições regionais da Madeira pode ser formalmente reconhecida, mas o conceito de "free and fair elections" começa a ter as dimensões de "caso" que não gostaria de ver alargado ao resto do país!

 

 

A questão madeirense dá para perceber muita da política de percepção externa da presente questão europeia. Os madeirenses, em reacção de legítima defesa, jardinizam, os contenentais repudiam as ajudas que vêm de para tanto serem impostados, tal como a reacção dos europeus centrais e do norte face aos periféricos do sul...a mesma mistura explosiva de populismos e egoísmos epidérmicos.

 

O chefe efectivo da nossa diplomacia, o primeiro-ministro, depois de um esforçado périplo, percorria a passadeira vermelha da grande política intergovernamental da Europa, quando, de repente, lhe atiraram uma casca de banana. Aguentou-se, apesar de tudo. Mas ainda pode escorregar. Espero que não cometa o erro de Manuela Ferreira Leite...

 

Por isso, aconselhava os actuais maneleiros do PSD a não pensaram que o resto do país é o auditório do Chão da Lagoa.

 

Há uma velha observação da política experimentada. Tanto é má política um desonesto que trate de gerir honestos, como o seu exacto contrário, um honesto gerindo desonestos. A medida da boa política não é propriamente concluirmos se um determinado político cimeiro é mais parecido com José Eduardo dos Santos ou com António de Oliveira Salazar. De um ao outro, venha o Diabo e escolha. Hoje a boa política é saber se os políticos de hoje podem empenhar a geração dos meus filhos e dos meus netos, em nome do que pensam ser o bem imediato do eleitoralismo e da popularidade fácil.

 

‎"Se cuidas que a popularidade é coisa diferente da justiça e da moral austera te enganas" (conselho deixado por Mouzinho da Silveira a seu sucessor, quando abandonou o cargo de ministro da fazenda, por não transigir com uma política de expropriações que ele considerava ilegal). O maquiavelismo que pode parecer boa política no curto prazo, acaba por ser uma má política no médio prazo. De qualquer maneira, é sempre uma péssima moral (Wilhelm Ropke).

 

Quem não se importa de não salvar a alma, para salvar a alma da cidade (em discurso de justificação), pode parecer ter muita ética, mas não tem a da convicção. Comete o habitual pecado da razão de Estado. Mesmo que lhe chame cristã.

 

Segundo a chamada Razão de Estado cristã, de Justus Lipsius, em "Politicorum, sive civilis doctrinae..."(Antuérpia, 1589), há três categorias de fraude política: a ligeira, consistindo na desconfiança e na dissimulação, aconselhável a qualquer estadista; a média, incluindo a corrupção e o engano, apenas tolerável; e a grande, desde a perfídia à injustiça, considerada injustificável e absolutamente condenável.

 

 Foi chão que deu uvas, esta doutrina oficial do filipismo... A nós deu-nos a revolta que conduziu a 1640.

 

 

Estávamos fartos de "ministros do reino por vontade estranha". Mas foi preciso que o Manuelinho de Évora se atravessasse...

 

Estamos a confundir a árvore com a floresta. O número de portugueses da Região Autónoma da Madeira é apenas o quádruplo da população da freguesia de Algueirão-Mem Martins. Há que cumprir o princípio da igualdade e evitar que o principal grupo de pressão política da nossa actualidade passe a ser motivo de chacota na reunião Ecofin. Panos quentes apenas aquecem o endividamento. Até na má imagem de Portugal.

 

O exacto contrário do "small is beautiful" é a megalomania. É passar do oito ao oitenta. Em dívida, nomeadamente.

 

O princípio da igualdade, para um regionalista como eu, implicaria que houvesse em Portugal, em vez de um, quarenta jardins, neste jardim à beira mar plantado. Basta fazer as contas, para reduzirmos a coisa à sua verdadeira proporcionalidade. Isto é, pelo menos, mais trinta e oito conselheiros de Estado e outros tantos PSDs. Mas com as mesmas regras que tratem desigualmente o desigual. Tudo não passa de uma manifesta autarquização da pátria, isto é, de um Portugal dos pequenitos com a mania das grandezas.

 

publicado por José Adelino Maltez às 12:28

16
Set 11

Entre graves irregularidades e outros desvios colossais, apenas podemos concluir como o PSD, para além da seta governamental, a das boas intenções, não consegue mais ocultar as duas setas infernais que o poluem: o custo das maiorias absolutas de Jardim e a memória do BPN. 

publicado por José Adelino Maltez às 18:34

Se há uma zona de Portugal onde mais forte foi a economia privada das empresas de regime, mas sem economia de mercado, graças ao intervencionismo do protectorado dito público, esse foi o da social-democracia madeirense, o paradigma da desorganização do político pelo populismo e pelo primado do executivo da personalização do poder.

 

Se voltarmos a rever os elogios de Jaime Gama a Alberto João, compreenderemos como colectivamente nos co-responsabilizámos. Não foi apenas Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite...

 

‎"Porque se continuar a existir como que um conflito permanente entre o Estado português e a Região Autónoma da Madeira, penso que vai ser útil para todos encontrarmos uma solução que faça com que uns não se aborreçam com os outros e a nossa vida decorra em paz, a nossa, a deles e a de toda a gente" (AJJ). As instituições europeias parecem eufóricas. O arquipélago pode ser arrastado para diante de Tripoli, graças à invenção de um super-arrastão...

 

O problema é não caber no Estreito das Colunas de Hércules..

 

Nem no Canal de Suez...

 

Não caber o jardim, evidentemente. As ilhas e os madeirenses só se o escolherem.

 

publicado por José Adelino Maltez às 12:26

15
Set 11

Se eu começo por dizer, perante um universo de cem por cento de nomeados políticos, sem qualquer racionalidade normativa, da clássica burocracia weberiana, que os vou reduzir em xis por cento, estou a juntar xis aos cem por cento, em termos de espinha torcida perante o centro. Ninguém acredita, pela prática seguida, de forma imemorial, por estes que estão, que a competência vai ser superior à fidelidade. Caso contrário, tinham dado exemplo, com ministros, secretários de estado e deputados.

 

Se a política se medisse por extinções, concluiríamos que, medindo a passagem dos 6286 chefes para 4574, Álvaro recebia a medalha de ouro, pelo silêncio (reduz de 1264 para 769), Mota Soares, a de prata, com vespa (de 1554 para 1201), e Cristas, a de bronze, sem gravata (de 883 para 719). Mas Bakunine ainda ia mais longe: extinguia-os todos, abolindo o Estado. Foi assim que ganhou as olimpíadas da anarquia, na Sibéria.

 

Se eu mandasse, emitia um simples decreto: cada um passa a chefe de si mesmo! Acabávamos imediatamente com esta anarquia ordenada que é, afinal, uma desordem bem organizada pela pesada herança da propaganda. Por enquanto, nem em mim, eu próprio, posso mandar. Estou totalmente acorrentado pela necessidade!

 

Como não sei distinguir entre a ala esquerda e a ala direita do mesmo bloco situacionista, temo que os novos senhores continuem susceptíveis à bajulação que nos conduziu à decadência.

 

Num dos últimos planos de extinção, quando as coisas vieram com nomes das entidades, houve uma fuga de informação num dos semanários de fim-de-semana. Um dos eternos chefes de uma das previstas, conseguiu que uma das figuras pardas de todos os regimes telefonasse ao defunto, hoje em regime de licença sem vencimento. Na segunda-feira, o ressuscitado voltava a ser morto-vivo deste céu carregado e ainda hoje é sentenciador e reformista, sem desacumular.

 

Está tudo tão feliz, conservando o que está! Sobretudo quando antes de lá estarem queriam deitar fogo e destruir a máquina, antes de serem os maquinistas, neste caminho de Damasco. Ministros, de todo o mundo, uni-vos! Enquanto houver propaganda, a revolução continua!

publicado por José Adelino Maltez às 00:45

14
Set 11

No estádio nacional de São Bento, em mais uma eliminatória da liga de honra, os dois grandes jogaram ao ataque e sem muitas rasteiras. A oposição melhorou, mas o governamentalismo não desiludiu. Não foram para desempate com grandes penalidades, mas as fintas da retórica foram abundantes.

 

Os discursos de Barroso, Passos e Seguro foram notáveis. Desde 1976 que PS e PSD têm tido a maioria dos nossos aparelhos de poder. Desde sempre fizeram discursos notáveis. Lançam o foguetório e logo correm a apanhar as canas. Continuam a monopolizar o vivório...

publicado por José Adelino Maltez às 21:46

 

Barroso quer "eurobondes" e apela à necessidade de um novo "impulso unificador" através de um "momento federador" na Europa, porque os mercados estão "impacientes" e "as democracias são lentas".

 

“O sistema baseado apenas na cooperação intergovernamental não funcionou no passado e não funcionará no futuro”.

 

As televisões remeteram estas parcelas do discurso no Parlamento Europeu para anexo aos comentários de corredor sobre a chegada de mais um pedacito de dinheiro cá ao quintal...

 

Deviam estar mesmo preocupados com as pessoas...

 

Infelizmente, a cidadania não está a meia haste...o pau quebrou e o pano está deslavado...

 

PS: O discurso inteiro em inglês. O resumo, em português.

publicado por José Adelino Maltez às 14:39

 

Pedem-me, do Jornal de Negócios, que analise o PS recente: "Para além de um novo ritmo de política europeia, colocando-se na nova frente de oposição federalista aos blocos de direita governantes no Eixo e na Itália, o PS vai tentar ser voz tribunícia das classes e dos novos pobres da presente questão social."

 

António José Seguro e Pedro Passos Coelho, "unidos pelo memorando da troika, continuam a ser meros irmãos-inimigos, enquanto líderes de partidos que costumam ganhar eleições reconquistando sempre o mesmo centrão sociológico beneficiário do distributivismo." 

 

"O PS vai dizer do presente gasparismo, mediaticamente desalvarizado, o mesmo que o PSD disse, há poucos meses, do PEC IV e das políticas de Teixeira dos Santos, usando do mesmo ferro que matou a ala esquerda do Bloco Central".

 

‎"Jerónimo e Louçã não podem passar o certificado de esquerda à pretensa viragem à esquerda do PS...Vão, inevitavelmente, procurar o papel de manipuladores do descontentamento, evitando que o PS procure dar voz a quem não a tem e continua entalado entre os fantasmas de direita, do anti-socialismo, e dos preconceitos de esquerda, do anti-neoliberalismo".

 

PS: A imagem tem uma explicação eucarística

publicado por José Adelino Maltez às 11:57

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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