Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

08
Set 11

Enfurece-me, de vez em quando, a estupidez de certos argumentos vingativos da direita, mas logo se manifesta a estupidez de certos argumentos vingativos da esquerda. O que me enfurece efectivamente é a estupidez que não é de direita nem de esquerda, mesmo quando se diz do centro. A política, por vezes, é mesmo estúpida.

publicado por José Adelino Maltez às 20:41

Os nossos políticos deveriam imediatamente estudar as biografias e memórias de António Teixeira de Sousa, Júlio de Vilhena, António Maria da Silva, Francisco da Cunha Leal e Marcello Caetano, os tais que eram notáveis especialistas em ramos de árvore, estrume e poda, mas que nunca comprenderam os movimentos globais da floresta. Ainda disputam, entre eles, o título de coveiro máximo.

 

Em 1910 e 1926 estávamos em formal resgate da bancarrota. Em 1974, já havia consciência de uma inevitável derrota num guerra onde éramos simples peões de um xadrez mais amplo: uma guerra por procuração da guerra fria. Agora a guerra é outra e continuamos a dourar a pílula.

 

publicado por José Adelino Maltez às 20:24

Quando um parlamento deixa escapar que a principal notícia do dia é a recepção de um envelope com documentos explosivos, recebidos de um qualquer anónimo, mas com relevância para o segredo de Estado, resta esperar pela próxima casca de banana, sob a forma de parangona, que as mesmas fontes suscitarão, neste país de inconfidências, conspirações e amiguismos. Gastam-se pelo mau uso e correm o risco de implodir.

publicado por José Adelino Maltez às 20:24

 

 

Se os nossos políticos meditassem nas memórias de António Teixeira de Sousa, António Maria da Silva e Marcello Caetano poderiam concluir que, às vezes, notáveis especialistas em ramos de árvore, poda e estrume, correm o risco de não prender coisa com coisa, não compreendendo o sentido geral da floresta e acabando arrastados pela força daquelas circunstâncias que os podem transformar em coveiros de regimes.

 

Pelo menos, importa reconhecer que os problemas económicos e financeiros, como os desta encruzilhada, só se resolvem com medidas económicas e financeiras, mas não apenas com as medidas económicas e financeiras.

 

Contra a força normativa dos factos, isto é, do memorando negociado por Sócrates, a actual maioria da aritmética parlamentar faz bem em procurar ir além da troika.

 

Só que, para vencermos o Adamastor, sem morrermos da cura, é inevitável navegarmos na geometria política e social de um acordo de regime.

 

Por outras palavras, o novo mapa deste fim-de-semana, para quem não quer ser grego, impõe a conjugação com um PS pós-socrático, que tem a favor dele o médio prazo de uma eventual derrota eleitoral de Merkel, Sarkozy e Berlusconi. Por outras palavras, antes de chegar o tempo do eventual princípio do fim, seria mais prudente consensualizarmos o fim do princípio, voltando a princípios que sejam os verdadeiros fins! 

publicado por José Adelino Maltez às 14:51

Setembro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10


20
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO