"Há um certo "cursos honorum" que apenas tem dependido do secretíssimo dos directórios partidários e dos respectivos acordos de co-optação com o bloco central de interesses, onde há peixes de águas profundas que se reproduzem, para além dos meandros do activíssimo partidocrático, sobretudo na definição do preenchimento dos altos cargos do estadão. Pena, deixarem rasto de aposentadoria, esse velho direito feudal que ainda permanece, apesar de revogado pelas cortes de 1822."
Itália revoga à pressa a subvenção vitalícia aos respectivos parlamentares. Mas o mal é universal. O sítio onde vivi e onde mais escandaloso é o privilégio trata-se de Timor Leste. O mal, mesmo que seja universal, nunca deveria ter-se tornado numa máxima universal. E se as democracias não o limparem, com coragem, virão os populismos que os deceparão, mandando fora a água suja com a criança dentro."
"Antigamente, havia tenças, comendas, pensões a revolucionários civis e rendas por altos feitos. Aqui, não fosse a subvenção vitalícia até alguns estariam isentos do IRS. Por outras palavras, se o ridículo pagasse imposto já não estaríamos colectivamente endividados."