Quero agradecer aos Estados estes decretos que, ao alterarem a hora, antes do solstício de Inverno, nos concedem mais uma hora. Ao menos sempre nos dão alguma coisa. Mesmo que nos venham a tirá-lá, daqui a seis meses...
Quero agradecer aos Estados estes decretos que, ao alterarem a hora, antes do solstício de Inverno, nos concedem mais uma hora. Ao menos sempre nos dão alguma coisa. Mesmo que nos venham a tirá-lá, daqui a seis meses...
O diabo são sempre os detalhes do inferno das boas intenções, tal como o raio dos impostos do bom e velho Estado. Pim
Segundo consta, está a preparar-se uma revisão constitucional, visando eliminar o papel-moeda e as próprias moedinhas. Vai ser tudo electrónico e detectado com um chip instalado no corpo de cada cidadão. Várias multinacionais de cartões parecem interessadas no lançamento dessa novidade universal que resolverá para sempre o grave problema da fuga ao IVA, dos biscates e da economia paralela. O novo chip já tem nome: o gasparómetro...
Dizem alguns dos "istas" de uma dessas mentiras que servem de literatura de justificação da extorsão estadualista que os governos nos podem continuar a cobrar a vida, outrora em soldadinhos, agora em impostos de emergência nacional. Continuam as tretas. Como dizia Pessoa, o Estado pode estar acima do cidadão, mas o homem está acima do Estado. Cumpre resistir à música celestial dos ideologismos.
O grito de revolta de Maria Filomena Mónica no Expresso de hoje, contra a diminuição do respectivo rendimento como investigadora jubilada, ao lado de outros, a quem chama colegas, mas que nunca justificaram o mesmo rendimento porque nunca produziram o que deviam, é uma bela denúncia do comunismo burocrático e da respectiva incapacidade de julgamento do mérito, da criatividade e das provas dadas em serviço público. É tudo unidimensionalizado pelo nível do abaixo de zero e pelo mau exemplo. Abaixo a terraplanadora!
Ninguém é mobilizado nestas épocas de estupidificação decretina. Sobretudo, quando se prova facilmente como a golpada do xico-esperto compensou e todos levam pela medida grossa dos merceeiros analistas e dos novos ricos que assaltaram o discurso dos serviçais do poder, principalmente quando foram prebendados com a categoria de sopeiras do regime, especialistas no habitual trabalho sujo da tábua de passar a ferro as diferenças que nos dão universalismo.
Quando políticos ditos democratas, cedem às pulsões autoritárias que apelam ao despotismo de todos, ou, pior do que isso, a fomentam maquiavelicamente, para, depois, a instrumentalizarem, a história mostra que, muitas vezes, quem com ferro mata, com ferro morre. É mais pragmático ter ideias, princípios, valores e crenças. Sempre podemos viver como pensamos, sem pensarmos muito como depois vamos viver. Mas viver não é submeter-me para sobreviver. É lutar para continuar a viver.
No dia em que reabre o Teatro Bolshoi, num hino à Europa lá nas estepes, e quando encerra temporariamente, para visitas ao público, "La Liberté éclairant le mundo", o caixeiro viajante da União Europeia iniciou um périplo pelo Oriente à procura de fundos. O nosso primeiro foi em sentido contrário, acarinhar, junto de Dilma, uma "aliança estratégica". E foi muito bem, já mais seguro. Que venham reais!
Assunção manda adiar, em nome da legalidade e da constitucionalidade, o sacrossanto orçamento. Ministério das finanças lá foi à estante consultar a lei fundamental. Os fins não justificam todos os meios. É o mínimo do Estado de Direito.
"Li o último artigo de Vital Moreira no jornal "Público". E respondi-lhe à letra, em mail que torno público: "Obrigado, meu querido professor, tantas vezes meu adversário. Sou também um produto das suas provocações e quero continuar a aprender consigo. Saudações académicas e coimbrãs"