Nada como uma boa risada, para recuperarmos a seriedade iberista. Gregorio Peces-Barba, ex-presidente parlamentar em Madrid, socialista e reitor da Universidade Carlos III de Madrid, ao confessar-se adepto de Olivares, cometeu uma pequena imprecisão: não reparou que houve 28 anos de guerra entre os restaurados portugueses e o trono de Madrid. E que, por causa desse processo da nossa vontade de sermos independentes, surgiu o Brasil.
publicado por José Adelino Maltez às 15:31
China já mandou recado à ofensiva de Klaus Regling: querem dinheirinho, nós apenas vendemos; atribuam-nos o estatuto de economia de mercado na OMC; por outras palavras, deixem-se de tantas barreiras proteccionistas!
publicado por José Adelino Maltez às 15:31
A RFA, além de democrática, é federal e pratica o princípio da separação de poderes. Não tem a tradição do estadualismo francês, nem cede perante as circunstâncias excepcionais. Como lá o Tribunal Constitucional é mesmo tribunal, há o primado dos procedimentos do Estado de Direito e a consequente balança de poderes. Porque o essencial de uma democracia não é sabermos quem manda, mas como controlamos os poderes dos que mandam. Tenho inveja.
publicado por José Adelino Maltez às 15:30
Uma boa notícia: Passos Coelho furou o habitual silêncio do "Estado de S. Paulo" sobre Portugal. Referiram a "cúpula bilateral" por causa dos investimentos brasileiros... Até agora, nada disseram do nosso presidente. Eles não percebem essa do presidencialismo bicéfalo. Cúpula só há uma: aquela a que vai Dilma.
publicado por José Adelino Maltez às 15:30
Espanha está prestes a atingir a barreira dos cinco milhões... de desempregados. Má notícia para os nossos seiscentos mil
publicado por José Adelino Maltez às 15:29
Se, olhando para o nosso umbigo, já há muito descobrimos que a maior parte dos factores de poder já não são intranacionais, convém reparar que, também no tocante à União Europeia, os principais factores de poder já são supra-europeus. Por outras palavras, o poder não é uma coisa, é uma relação. Estratégica. E os micropoderes já são "powerpolitics". O jogo é planetário. Até vai passar pela reunião do Paraguai.
publicado por José Adelino Maltez às 15:29
Já agora, convém recordar que, a partir de 1 de Novembro, Portugal vai presidir durante um mês ao Conselho de Segurança da ONU. Isto é, a diplomacia portuguesa vai ser formalmente o máximo poder mundial! Pode ser que sirva para alguma coisa...
publicado por José Adelino Maltez às 15:28
A CPLP anda em bolandas por causa do acordo ortográfico. A Commonwealth prefere alterar as regras de sucessão ao trono britânico. A fim de impedir a preferência pela descendência masculina...São dezasseis Estados que se têm de pôr de acordo...entre eles o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que teimam nessa da não escolha de presidentes privativos. Pelo menos, o rei, ou a rainha, sempre são comuns!
publicado por José Adelino Maltez às 15:28
As notícias sobre um caso de polícia que envolve um antigo líder parlamentar, caso fossem confirmadas pelos factos, representariam um enorme abalo na nossa confiança pública, corroendo a própria democracia. Desejo que a prova da verdade nos livre dessa ameaça. Para bem de todos.
publicado por José Adelino Maltez às 15:27
"Há um certo "cursos honorum" que apenas tem dependido do secretíssimo dos directórios partidários e dos respectivos acordos de co-optação com o bloco central de interesses, onde há peixes de águas profundas que se reproduzem, para além dos meandros do activíssimo partidocrático, sobretudo na definição do preenchimento dos altos cargos do estadão. Pena, deixarem rasto de aposentadoria, esse velho direito feudal que ainda permanece, apesar de revogado pelas cortes de 1822."
Itália revoga à pressa a subvenção vitalícia aos respectivos parlamentares. Mas o mal é universal. O sítio onde vivi e onde mais escandaloso é o privilégio trata-se de Timor Leste. O mal, mesmo que seja universal, nunca deveria ter-se tornado numa máxima universal. E se as democracias não o limparem, com coragem, virão os populismos que os deceparão, mandando fora a água suja com a criança dentro."
"Antigamente, havia tenças, comendas, pensões a revolucionários civis e rendas por altos feitos. Aqui, não fosse a subvenção vitalícia até alguns estariam isentos do IRS. Por outras palavras, se o ridículo pagasse imposto já não estaríamos colectivamente endividados."
publicado por José Adelino Maltez às 10:01