Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

04
Nov 11

Quando uma maioria de cidadãos entra em conflito com uma maioria de credores, os governantes dos primeiros ficam indecisos. Ou servem de agentes dos credores junto dos que os elegeram ou procuram ser representantes dos cidadãos junto dos credores e dos respectivos intermediários. O problema está em sabermos quando pisam o risco. O de serem rejeitados pelos dois lados. Pode acontecer. Até ao Pedro. O que conserva a chave, mas pode virar pedregulho ...

publicado por José Adelino Maltez às 20:03

A democracia europeia da actualidade corre o risco de voltar a ser primitiva. A do rigoroso "aparteid", com uma minoria de "politai" a decidir e uma maioria de "idiotes" a pagar. A que se junta a transformação do político num sincrético fundamentalista, confundindo política, religião e direito. Algo que recorda o regime Sul-africano, defunto, e o iraniano, vigente. Certa Europa parece indecisa, temendo a revolução da igualdade e do sufrágio universal.

publicado por José Adelino Maltez às 20:02

Se os mínimos do PS passarem apenas pela abstenção na generalidade, reservando estrondos para o grão a grão da especialidade, isso não tem suficientes efeitos europeus. Logo, teremos de dar espectáculo de um acordo qualquer, nem que seja insinuando o de regime, para nos desgregarmos sem desagregação, com Pedro em vontade de diálogo e Tó Zé sem perder a face. Tudo uma questão de antropologia negocial chinesa.

publicado por José Adelino Maltez às 20:01

Não costumo ler o "Avante", mas fiquei hoje a saber que um articulista do periódico já cita o "Protocolo dos sábios do Sião", à boa maneira da extrema-direita europeia e de certos populistas ditos sociais-democratas, invocando o perigo do governo mundial comandado pelo Sionismo, o Vaticano e a Maçonaria. Devem ser restos de certa subcultura KGB que ficou desempregada desde a guerra da Sérvia...

 

O exercício da teoria da conspiração, a que costumam recorrer a extrema-direita e a extrema-esquerda, bem como os fundamentalismos religiososo, bem como os populismos de ocasião, de esquerda e de direita, tem-se também insinuado entre certo jornalismo sensacionalista da nossa praça, nomeadamente a pretexto da elaboração de listas de suspeitos de antinação, emitidas por várias redes de fantasmas e preconceitos, marcadas pelo fanatismo, a ignorância e a intolerância.

 

Como não tem sido mero acaso a inclusão de certos nomes nestas listas, incluindo o meu, apenas posso comprovar o rasto e o que lhe deu origem. Por mim, até posso falar na emissão de um blogue que usurpava o meu nome, no preciso momento em que era declarado hierarquicamente "persona non grata", por praticar as minhas crenças, princípios e valores. Apenas sou capaz de confirmar a velha aliança de irmãos-inimigos que, quando no poder, coincidiram nos mesmos objectos de perseguição, supressão e extinção.

 

Bem me lembro de um cena que tive com um desses anjinhos ainda não decaídos que instrumentalizava o sistema conspiratório e que, posto por mim perante prova inequívoca, me respondeu com toda a candura maléfica: "é política, pá, é política". O crime, neste e noutros casos, compensou e continua a compensar, graças aos inocentes úteis e os candidatos a intelectuais orgânicos, no desemprego, que receberam carreira, contrato, avença ou "outsourcing"

 

 

 

publicado por José Adelino Maltez às 20:00

Claro que, por trás do espectáculo mediático da política e da economia, há bastidores, nomeadamente grupos de pressão e grupos de interesse, bem como corruptores e corruptos, bem como agências de descodificação. Mas isso estuda-se e pode impedir-se, através de adequada estratégia e de boa informação. Sempre foi assim. E há-de continuar a ser.

publicado por José Adelino Maltez às 19:59

Nada de novo na frente ocidental. Depois da descoberta da Índia, ficámos todos desempregados. Nem sabemos que as doze estrelas eram o signo de V Império, conforme o sonho inquirido a António Vieira. Costumam chamar doido a quem o recorda. Utilizam, suavemente, o eufemismo de poeta, coisa que é mais verdadeira, no sentido de filosófica, do que a própria história.

 

PS vai abster-se. Isto é, vai ter de abster-se. Em nome do interesse dito nacional. Esperemos que, depois, não venha pedir desculpa. Mas parece que tudo foi combinado em encontros de passos seguros. Felizmente, o líder da oposição dialoga, sem testemunhas, com o chefe do governo.

publicado por José Adelino Maltez às 19:58

Diedrick Stapel, um dos mais eminentes cientistas do empírico-analítico, na psicologia social, acaba de confessar que os seus estudos se basearam em provas inventadas. Isto é, na prática, a teoria é outra. O efeito Dona Branca dos sindicatos da citação mútua podem levar a muitos cortes de subsídios e a outras tantas destitularizações. Bolas, eles até citavam um holandês que escrevia em inglês e os "refereeaa"

publicado por José Adelino Maltez às 19:57

A democracia representativa dos directórios partidários não esgota a cidadania, nem a própria representatividade. Com uma sociedade civil desertificada e uma opinião canalizada pelas correntes do pensamento dominante e a respectiva teatrocracia de prós e contras, na unanimidade de irmãos-inimigos, não seremos país, poderemos ser gado.

publicado por José Adelino Maltez às 19:57

Durante uma década vivi a menos de dez quilómetros de um centro urbano e o último transporte público que tinha era às oito da noite. Fui obrigado a comprar uma motoreta, para não fazer como os meus avós, que tinham de ir e vir a pé. Felizmente, há agora um ministro que diz tomar em linha de conta as necessidades das populações, afirmando que "se não faz sentido fechar o metro às 23.00, ele não fechará" a essa hora. É o mesmo que na véspera deixou cair a informação sobre o seu exacto contrário.

publicado por José Adelino Maltez às 19:57

Qual Papandreou, qual cimeira do G20! Somos o país com mais botas de oiro na Europa. Até superministro lá foi, para compensar a falta que fazemos em Cannes. Só falta proclamarmos que foi em português que a Senhora comunicou com o mundo. E um bom fadinho para animar a malta. Pelos menos, de directos, não consigo safar-me, em todas as televisões bem informadas.

publicado por José Adelino Maltez às 19:56

Só quem consegue fazer interpretações hierarquizadas é que não subscreve esta evidência. Basta que mudem a norma constitucional em causa. A maioria troikista pode fazê-lo

publicado por José Adelino Maltez às 19:55

A Associação Europeia para a Defesa dos Asininos, Muares e mais Bestas de Carga acaba de denunciar uma proposta neogonçalvista que indicou, como alternativa ao encerramento do metro, o regresso à tracção animal, em nome da sustentabilidade. Uma alta figura mediática, ligada ao presente regime dos grupos de trabalho. garantiu não parecer útil que a associação seja ouvida no parlamento, à semelhança do que aconteceu com a KGB. "Todas as medidas serão objecto de um adequado estudo de impacto ambiental, nomeadamente contra o mau cheiro que possam provocar"

publicado por José Adelino Maltez às 19:55

Há quantos anos é que tudo isso era uma verdade? Há dez? Há quinze? Demora por décadas a descoberta do óbvio. E adoramos ver que quem as fez as venha agora denunciar, como se a questão fosse técnica e não política. Até empatou por causa da politiqueirice, do clientelismo e do carreirismo, como os avaliólogos ajudando.Falo porque denunciei a coisa quando ela estava no ovo do guterrismo que continuou com o PSD e o socratismo. Que continua, aliás, porque o corte cego, em percentagem, é o mesmo, mas apenas com menos.

publicado por José Adelino Maltez às 19:55

A frase cimeira de Dilma: "Eu não tenho intenção de contribuir para o fundo europeu. Nem eles têm, como é que eu tenho?". Grande Brasil, que disse tudo! O que alguns dos grandes desta Europa ainda, há uma década, diziam do Brasil! É por isso que tenho esperança. Pode ser que a história deixe de ser escrita pelos pretensos vencedores. Até os vencidos de hoje, no plano europeu, podem deixar de ser vencidos. O último a rir é que ri melhor.

publicado por José Adelino Maltez às 19:54

Li algures que os chinocas não querem dar cobres ao afundamento europeu porque trabalha três vezes mais e ganham dez vezes menos. Ou de como certa demagogia germânica ficou de olhos em bico. Quando é que a pororoca desagua no Tejo?

publicado por José Adelino Maltez às 19:54

Papandreou em directo do Parlamento ateniense. Nenhuma das nossas televisões se muniu de um intérprete da helénica língua. Os bárbaros somos nós. Aconselho o Euronews, para seguirem o as cenas finais desta telenovela. Para quem não gostar de política, que mudem para a casa dos segredos...

 

Agora, em Atenas, já é amanhã. Tudo continua sem sonhos. Seja qualquer for o resultado do jogo parlamentar. Evangelos Vanizelos discursa agora. Nem a Skynews lhe dá directo.

 

Papandreou passou. Vencer é ser vencido. A confiança não é uma moção apenas.

publicado por José Adelino Maltez às 19:52

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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