Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

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Nov 11

Apesar de saber que o capital não tem pátria, como recordava o velho Karl Marx, quero saudar a chegada de capitais angolanos, chineses, vietnamitas e venezuelanos. Sei relacionar o marxismo-leninismo, até ex-maoísta, com o progresso da humanidade, à luz da teoria do imperialismo, essa que Vladimir Ilitch Ulianov foi plagiar a Hobson. É que este era liberal e tudo. Pelo menos, Durão Barroso, antigo autor de artigos sobre o georgiano Estaline, conhece, de ciência antiga, tais meandros dos dissidentes maioritários, ou bolcheviques, do Partido Social-Democrata da Rússia. Marx era militante dos sociais-democratas alemães.

publicado por José Adelino Maltez às 14:32

Estou a fazer análise ideológica sobre a relação do afro-estalinismo com a crise geral do capitalismo, ainda recentemente invocada por Jerónimo de Sousa. Até reparo na circunstância de o Partido Comunista da China ser o gestor de uma das principais caixas da especulação financeira global.

publicado por José Adelino Maltez às 14:31

O BCP tem na Bolsa uma acentuada subida. Parabéns ao Pedro, o Africanista. Sete horas em Luanda trazem muita massa.

publicado por José Adelino Maltez às 14:31

O sistema do "spoil system", da distribuição de um pretenso poder conquistado, como se ele fosse uma coisa, continua incólume e continua a não haver provas de escolhas onde o risco da competência supere o conforto da lealdade. Por outras palavras, continua a dança de cadeiras entre o bloco central alargado da partidocracia. E a desculpa do costume: não por eu chamar-me Pedro que não posso ser nomeado provedor da santa casa das apostas.

publicado por José Adelino Maltez às 14:30

Um outro olhar sobre as eleições nas Espanhas. Catalunhistas da CIU vencem, pela primeira vez, nas gerais, na Catalunha. Independentistas esmagam no País Basco, onde sai vencedor o estreante, Amaiur, que até supera o PNV. Sou solidário, especialmente com os meus amigos de Sant Jordi.

publicado por José Adelino Maltez às 14:30

A velha direita do espanholismo castelhanista, liderada por um galego, e vestida de moderação cerebral, terá alcançado a maioria absoluta. Apenas me recordo do debate que Rajoy teve com Rubalcaba. O futuro presidente do governo de Madrid, mesmo em diálogo, tinha de ler a papelada, não fosse a emoção trair o guião que o conduzia. Viva a pilotagem automática, nesta nossa península onde quase todos poderemos derrapar em governanças sem governo

publicado por José Adelino Maltez às 14:29

Alguns dos que pretendem economificar a política, invocando a titularidade de uma arte que alguns qualificam como a rainha das ciências sociais, talvez devessem ter a humildade não positivista de reconhecer que ela se tem desvalorizado imenso pelo ridículo. Não por causa da ciência, mas pelo espaço que vai de Pinho a Álvaro, com previsões sobre a relação entre o TGV e o surf na Costa da Caparica.

publicado por José Adelino Maltez às 14:29

Quando os negociantes da troika fazem comunicações directa aos lusitanos, como se eles fossem selvagens a civilizar-se pelos WASP da geofinança, convinha dizer-lhes que não somos meras folhas do livro de merceeiro que chegou ao poder antes de Draghi, Papdemos e Monti e antes de Borges se despedir da Lagarde por meras razões pessoais.

publicado por José Adelino Maltez às 14:28

Só hoje é que revi o eixo do mal de ontem. Onde Relvas e Duque foram os bombos da festa, deste jogo de poder da aparente não teoria da conspiração. Apenas me foi dado concluir que só um dos três do plano inclinado é que não chegaram aos cadeirões ministeriais...

publicado por José Adelino Maltez às 14:28

A democracia pode vir a ser posta em causa. Não é Otelo que o conspira. É Soares que o memorializa.

publicado por José Adelino Maltez às 14:27

A minha pátria é a língua de Malangatana, Pepetela, Barbosa, Tenreiro e Cabral. De Pessoa e Cecília Meireles.

publicado por José Adelino Maltez às 14:27

Não cheguei a dizer que nos falta um verdadeiro governo de emergência nacional, aumentando o espaço de apoio da aritmética parlamentar e começando a conjugar a necessária geometria social. Porque podemos entrar em contraciclo. Primeiro, a democracia. Depois, as direitas e as esquerdas. Pará não sermos imbecis.

publicado por José Adelino Maltez às 14:26

Ainda ontem concordei com Boaventura Sousa Santos. O que importa, agora, é salvar a democracia e discutir, depois, a esquerda e a direita. Apenas acrescentei que os mercados nunca foram adeptos ou adversários da democracia, e o que precisam é de ser domados pela política, através de velhos e novos centros que os reduzam ao espaço pré-político da casa (oitos dos gregos, donde veio economia), onde há donos (de domus e dominus, em latim, onde há apenas patrões). Um dos que falta é a Europa política, como democracia de muitas democracias.

publicado por José Adelino Maltez às 14:26

Por cá, a direita e a esquerda são mais formas tribais do sindicato das citações mútuas, onde a esquerda não costuma ler o que a direita escreve e a direita diz que não é de direita, para ser a direita que convém à mistura de socialismo catedrático e direita dos interesses que, com Cavaco e Sócrates, se autoqualificou como esquerda moderna. Poucos tiveram a coragem de esquerda de se dizerem de direita, bem como a coragem de direita de se dizerem de esquerda. Por isso, longe de tal hemiplegia, prefiro ser um radical do centro excêntrico, que é uma forma de não ser de esquerda e de não estar à direita, porque até muito da actual esquerda está mais à direita do que eu, que sou contra os fantasmas de direita e os preconceitos de esquerda. Sou um velho liberal que lhes faz o gesto do Zé Povinho.

publicado por José Adelino Maltez às 14:25

Por cá, somos dominados pelos bonzos das duas principais multinacionais, não há liberais, há representantes da sexta força, a dos canhotos, e não há endireitas da extrema-direita. Isto é, a nossa representação nacional ainda é menos representativa

publicado por José Adelino Maltez às 14:25

A Europa dos partidos e das cores políticas é dominada por duas grandes multinacionais partidárias: a do PPE (onde estão PSD e CDS) e dos socialistas (do nosso PS), dita agora progressista. A terceira grande força, a dos liberais, não tem representantes em Portugal. seguem-se conservadores, verdes, vermelhos (esquerda europeia unida dos nossos PCP e BE) e populistas, que quase todos dizem de extrema-direita. Um mosaico de representantes de representantes que correm o risco de não nos representarem.

publicado por José Adelino Maltez às 14:24

Em Itália, anuncia-se o começo da Terceira República e o regresso da grande política. Na Alemanha, Merkel reforça a popularidade. Em Espanha, a chamada direita pode alcançar a maioria absoluta. A Europa continua no fim da navalha. Esperemos que a política volte a domar os mercados. E que os Estados acabem com a extorsão fiscal dos cidadãos, como em Portugal.

publicado por José Adelino Maltez às 14:23

Papa vai amanhã a São João Baptista de Ajudá. Ardeu, mas ainda está de pé. Boa viagem. Foi formalmente espaço sob soberania portuguesa...até 1961

publicado por José Adelino Maltez às 14:23

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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