Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

22
Nov 11

Quando qualquer suprapoder quiser, o nosso poder de quintal, entre comadres e compadres, pode fazer, em cinco minutos, um acordo de governo da actual coligação com o PS. Mas passos seguros já não chegam. Seria mais avisado que, em cinco dias, contratássemos uma adequação da aritmética parlamentar à geometria social. Estamos a pisar as raias da falta de legitimidade, enquanto somos distraídos por casos de polícia, mexericos de deputados e depressões nas bolsas do outro mundo. Esta é mais um "fait divers".

publicado por José Adelino Maltez às 14:30

Se a democracia, através dos partidos e dos outros grandes figurantes do Estado, não assumir uma nova gramática e os apoiantes e opositores não reencontrarem o sentido da palavra, tudo o que disserem pode ser imediatamente desdito, pelos próprios ou pelos seus pretensos superiores hierárquicos. Não gosto do sistema do manicómio em autogestão.

publicado por José Adelino Maltez às 14:30

Apesar das habituais danças e contradanças que antecedem as grandes greves, incluindo o mito da soreliana, julgo que ainda vai continuar a viver-se em regime de povo de brandos costumes. Não por causa da falta de revolta, mas por insuficiência de faísca. É como a agulha num palheiro, com tanta palha molhada, pela chuva da rotina, a do mais do mesmo. Apenas um acrescento: se pudesse aderia à greve geral.

publicado por José Adelino Maltez às 14:30

Se a democracia, através dos partidos e dos outros grandes figurantes do Estado, não assumir uma nova gramática e os apoiantes e opositores não reencontrarem o sentido da palavra, tudo o que disserem pode ser imediatamente desdito, pelos próprios ou pelos seus pretensos superiores hierárquicos. Não gosto do sistema do manicómio em autogestão.

publicado por José Adelino Maltez às 14:29

Nestes dias de interregno, sem que se vislumbre qualquer sinal de regeneração, apesar de forte identidade nacional, todos nos diluímos em ambiente de "finis patriae". Até padecemos daquela temperatura messiânica que nos dava alma, por ocasião de anteriores crises.

publicado por José Adelino Maltez às 14:29

Faltam mobilizações ideológicas, à esquerda e à direita, e secaram os mitos, dos amanhãs que cantam ou do regresso ao passado. A democracia vai degenerando, mesmo sem ser por acção dos inimigos da democracia, até porque muitos democratas temem criticar o situacionismo, lavando as mãos como Pilatos.

publicado por José Adelino Maltez às 14:29

Não se vislumbram sobressaltos que nos possam perturbar ou mobilizar, nesta "apagada e vil tristeza" em que a cobardia nos enredou. "Ninguém sabe que coisa quere, nem o que é mal, nem o que bem", mas também não há nevoeiro. Logo, D. Sebastião também não pode regressar. Já não somos quem sempre fomos, pátria antiga, de fibra multissecular. Mas é preciso voltar a ter "saudades de futuro".

publicado por José Adelino Maltez às 14:28

Na velha Grécia da primitiva democracia, havia grande qualidade de cidadania para a pequena minoria de cidadãos, os que até eram dispensados de trabalhar. A esmagadora maioria, a que trabalhava, o grupo dito dos idiotas, tem agora sufrágio universal, desde o fim do apartheid. E está em vigor a regra de São Paulo, segundo a qual quem não trabalha não come. Pena continuar a ser comido pelos pretensos da casta politiqueira que não quer funcionários a controlá-lá, à pretensa casta, das subvenções vitalícias e medidas de efeito equivalente. Tenham juízo!
publicado por José Adelino Maltez às 11:24

"Secretário de Estado anuncia, Ministro desanuncia. No intervalo houve desmentido do Primeiro-Ministro. Ninguém já se espanta. Aliás, tanto o programa eleitoral como o próprio programa de governo têm sido desmentidos pelas circunstâncias. Vivemos em ditadura dos factos. E contra factos não há argumentos. "
publicado por José Adelino Maltez às 09:57

Novembro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9


24
25
26



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO