Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

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Dez 11
Há sempre césares quando emerge a chamada "intelligentzia", isto é, uma "nomenclatura" constituída por esse "tertium genus" a que Gilberto Freyre chamava "intelectuário", quando um pretenso intelectual não repara que é um simples serventuário.
publicado por José Adelino Maltez às 13:50

Acordai, dormentes e enjoados! O novo mundo está aí por descobrir e vocelências ainda glosais os lençóis dos velhos do restolho? Olhem que os homens do verso já cantam outros fados. Os das saudades de futuro.
publicado por José Adelino Maltez às 13:50

Ninguém muda com os que querem só voltar atrás, para que os mesmo continuem a ordenar. Só com libertação deixará de haver esta liberdade vigiada por um clube com rigoroso direito de admissão e cantilenas desafinadas, com letras do sindicato das citações mútuas e do "yes, minister".
publicado por José Adelino Maltez às 13:50

Recebi um "mail" onde me comunicam que eles elegeram um dos que escolheu quem agora o elegeu. Na Primeira República, na nova república velha, eram menos hipócritas: o ministro até nomeou para a de Coimbra um correlegionário, capitão de qualquer arma. Não é por qualquer destas vias que a coisa volta a ter alma. Mas, por favor, não lhe chamem gestão democrática. É mais continuação das forças vivas, como ministros de espada à cinta e ilharga larga.
publicado por José Adelino Maltez às 13:49

Uma só parangona de hoje, desfaz todo o beatífico esforço de conjugação do bloco central, no propagandismo que me chegou ao começo da madrugada, naquela RGA de elites: "Administradores hospitalares ligados ao PS substituídos por gestores do PSD e CDS". O mais do mesmo, como se esperava.
publicado por José Adelino Maltez às 13:49

Quase diria o mesmo do recente filme sobre Freud e Jung. Onde o pai fundador queria cesarismo, isto é, uma revolução com dogmas e ortodoxos, nomeação de um príncipe real e o estrondo de disciplinados apologetas e propagandistas reverenciais. Prefiro o dissidente, o que quis continuar a dizer que só sabia que nada sabia, para integrar a corrente nos mistérios antigos e assim captar a incerteza do futuro, com a consequente aventura da individualidade. Sou da seita de Cícero e Carl Gustav.
publicado por José Adelino Maltez às 13:48

Roma, de guerra civil em guerra civil, de triunvirato em troika, lago acabou em dominado, quando o imperador, apenas aclamado pelos chefes da soldadesca, passou a assumir-se como "dominus et deus". E tudo se agravou quando ele se converteu ao monoteísmo e fez com que Roma caísse na teocracia do cesaropapismo. Por isso é que continuo pelo politeísmo superior da republica romana, mesmo em forma de reino, sempre contra as monarcias
publicado por José Adelino Maltez às 13:48

O laboratório mais antigo de quem pensa a política continua a ser a longa guerra civil romana que opôs os cesarianos António e Octaviano aos republicanos Brutus e Cassius, com Cleópatra pelo meio. Claro que sempre torci por Cícero contra o concentracionarismo de César e a emergência do principado e do império. E julgo ter compreendido a causa da queda da república romana: quando as instituições se enredaram em aristocracias possidentes e oligarquias de privilegiados e os cesarianas passaram a aliar-se à dinâmica da revolta popular e à instrumentalização da abstracção pátria.
publicado por José Adelino Maltez às 13:46

Há antigos ministros das finanças que só politicamente existiriam porque foram ajudantes de políticos como Soares e Santana, que percebiam tanto de finanças como Cristo, apesar de terem biblioteca. Quem neles se vicia corre o risco de entrar no desespero dos meios, sem perceber que eles só existem se permanecerem os fins, nomeadamente coisas como crenças, nações e humanidade. Só engenheiros de sonhos políticos, dotados de um mínimo de patriotismo científico nos podem despertar. As únicas ideias que valem a pena são as ideias pelas quais se está disposto a morrer. E as pessoas só morrem por aquilo que amam. Ninguém morre por ministros, contabilistas, comentadores e treinadores de bancada.
publicado por José Adelino Maltez às 13:46

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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