O primeiro chinês que conheci, era eu menino, foi na esquina da Praça Velha, em Coimbra. Vendia glavatas na rua e devia ser mais velho que o último imperador. Os mais recentes já não têm os olhos em bico. Mas continuam a investir no longo prazo, como as pedras da igreja de Santiago, junto às quais o senhor Pinto, o primeiro patrão de meu pai, já não vende louça de Conimbriga. Mas todos somos gente antiga.
Morreu o chimpazé de Tarzan e vai decorrendo o funeral do querido líder. Por cá, só uma clandestina placa toponímica dava nome de largo a um bode expiatório, com cognomes que o difamavam. Como os cemitérios estão cheios de insubstituíveis, prefiro notar como ainda abundam placas com nomes dos chefes no activo em tantos recantos do portugalório das vaidades, de autarquias a escolas, de estádios a ruas. Um problema de consciência da finitude por parte dos que têm medo da história e da verdade. Preferem as viúvas clientelares.
Retrato da personalização do poder, para ser meditado nas muitas coreias que ainda nos ensarilham, à esquerda e à direita, mesmo quando os intelectuários fingem que o inferno são os outros
Segundo o diário espanhol El País, o Orçamento do Estado de Espanha dedicou 141 mil euros anuais de vencimento ao rei Juan Carlos. António Mexia pode ganhar até 4,2 milhões de euros de salário na EDP. Já o nosso Presidente da República decidiu prescindir, a partir de 1 de Janeiro de 2011, do seu vencimento, no valor de 6.523 euros. Convinha privatizarmos a Zarzuela e o nosso paupérrimo Palácio de Belém.
Paliteiros da vassoura, numa igreja bem cristã, são postos na ordem pela polícia palestiniana. Notícia de uma rádio católica, que já não tem a velha estrutura das Cruzadas e costuma, nestes casos, ser uma estrutura de equilíbrio.
A fotografia secreta que a CIA forneceu às três gargantas fundas de Pequim, acentuando os efeitos das velhinhas de Fátima. As alemães já protestaram, considerando que se trata de mera operação de fotoshop de hackers do Tibete.