Quando se diz que trinta e tal mil professores não foram colocados porque não houve oferta, estamos a pensar que há mercado, quando apenas temos um Estado que controla, em "numerus clausus", o número de professores que fabrica e, depois deste custo, tem a desvergonha de não os tratar como pessoas, depois de anos e anos de serviço. É a chamada desorganização do trabalho nacional, o lavar as mão como Pilatos e as consequentes lágrimas de crocodilo...
O planeamentismo tecnocrático e a irresponsabilidade política dos ministros educativos têm nome e têm partido. A maioria deles é do principal partido deste governo. Exactamente os que nunca permitiram a liberdade de ensinar e aprender e geriram fábricas de empregomania, para agora nos transformarem num pretexto de oportunismo que utilizou a defesa dos professores como simples argumento demagógico para o antilurdismo e anti-socratismo.
Infelizmente, continuam a acreditar em falsos demiurgos ministeriais! Tanto devíamos ter uma lei para a punição dos criadores de défice como dos criadores de vagas estaduais no dito ensino!
Ainda hão-de dizer que o problema está na compressão que foi feita no abono de família!