O Portugal de Abril, para cerca de um milhão de eleitores que não é de esquerda nem de direita e, manhosamente, vai votando no PS e no PSD, sempre significou crédito bonificado para a compra de uma casita, permitir que os filhos pudessem ser dôtores, dar uma volta saloia com o carrito, reforma garantida e hospital em condições em caso de azar. O que era bom ameaça acabar e o voto, do mesmo modo.
A vantagem de Abril são os muitos pedaços de que ele foi sendo feito. Foi ir-se fazendo no caminhar por caminhar. E se apenas restar a liberdade já é muito mais do que dantes. Pelo menos, é melhor.