"Com efeito, o sistema educativo...menospreza as virtudes da verdadeira sabedoria científica, esse espaço de conhecimento situado entre a metafísica e o bem senso, e, por isso, usa e abusa da hiper-departamentalização educativa, gerando inúmeros especialistas em casca de árvores que não conseguem compreender a floresta, com o consequente vazio de cultura geral e de senso comum."
"Liberalmente, direi que, com estes especialistas em sucessivas derrotas, o sistema não merece os custos que actualmente são suportados pelos contribuintes. Aliás, os educacionólogos criaram não sei quantos ministérios dentro do mesmo ministério, com uma série de círculos concêntricos de lobbies...r
Todos estão irmanados pela legitimidade da simples nomeação política centralista, assumindo a mera dimensão decretina.
E muito positivisticamente, cumprindo o plano da revolution d’en haut, vão nomeando, de cima para baixo, os seus hierarcas, cobrindo gnosticamente, com o manto diáfano da ciência e da tecnoburrocracia (sic), meras decisões políticas e até de vindictas carreirísticas, mas sem que assumam a responsabilidade política dos que são eleitos.
"Para que o sistema educativo continue aberto para baixo e para cima, para a realidade e para os valores... basta que, com o conhecimento modesto de coisas supremas, se abram as janelas da descentralização e da devolução de poderes, mesmo que haja correntes de ar e algumas constipações" (há muito que disse, ninguém ouviu e não fui eu apenas que o disse).
Haverá algum ministro, secretário ou deputado que me liberte dos discursos, recomendações, cartas, reflexões, notas oficiosas e regulamentos que os actuais educionólogos, avaliólogos e outros ornitólogos que, agora, batem palmas ao discurso do senhor ministro, ainda há pouco me emitiam, sem eu poder fazer "spam"? SOS! SOS! SOS!
A melhor designação deste governo é a oficial: XIX governo constitucional, depois de seis provisórios. Por, outras palavras, um governo capicua, entre dois X. O I do novo ciclo. Mas que ainda é "teenager".
A Zon avariou aqui na minha zona. Pelo menos até à meia noite, sem televisão, sem telefone fixo e sem net. Vale-me a Pen, apenas para dizer isto e para voltar aos tempos da info-exclusão, preparando eventuais refluxos de uma sociedade da informação subitamente adormecida sem ser por acaso....
Voltei e voltou a net. Reparei que este mural teve um debate vivo. Até com a coragem de um fascista se assumir como fascista com adequada resposta antifascista. Ai de mim se lamentasse a circunstância. O meu conceito de liberdade gosta dessa dialéctica. Ainda por cima invocando a qualidade de António José de Brito. Mas convém respeitar a qualidade de António José de Brito. Gosto da auto-regulação da boa educação.
Ainda tenho tempo para chamar atenção para o que ouvi na SICN de João Duque e que nenhum oficial público até agora referiu sobre a explosão do nosso endividamento. Por outras palavras, nem multiplicando por dez o imposto extraordinário anunciado cobriríamos o buraco. Logo, a única conclusão a que quero chegar: com a lógica do número financeiro, Portugal vai fechar. Para acrescentar: logo, o problema é político.