A Bolsa de Lisboa continuava em queda acentuada ao início da manhã e era a segunda que mais desvalorizava na Europa, a seguir a Milão, sofrendo ambas um novo afundamento do sector bancário.
Nada mais delicioso do que medirmos o estado a que chegámos pela leitura do Decreto-Lei n.º 86-A/2011, de 12 de Julho. Tudo geral e abstracto, onde cada ministério é sempre definido como o departamento governamental que tem por missão formular, coordenar e executar qualquer coisa, mas onde, de repente, se pessoaliza a coisa na senhora ministra (artigo 17º). Talvez por ela ser doutorada em direito
Em plena complexidade de uma encruzilhada crítica, nada como filmes de bruxarias e propaganda, inventando o demónio de um qualquer criador de ideias, seja ele Karl Marx ou Milton Friedman. Como se a China fosse pelo primeiro e os américas pelo segundo. Há sempre convergências e divergências e, na emergência, permanecem as anteriores convergências e divergências, sempre em complexidade crescente.
Antes de chegar a maturidade, é tudo pré-maduro. Isto é, não os pintem de verde nem os deixem apodrecer. Piada aos pêssegos que ontem colhi de uma dessas árvores que semeie por acaso quando, desleixadamente, atirava caroços para o quintal.
Para que os meus amigos de esquerda se enriqueçam em esperança:http://www.rue89.com/mon-oeil/deleuze-etre-de-gauche-cest-percevoir-le-monde-dabord. Uma sugestão da minha filha, Joana. Já agora, leiam um pedacinho de Hayek, o tal que sempre rejeitou ser da ala "tory".
Sempre o falso problema das contabilidades de merceeiro, do tal falso geometrismo que, em nome da generalidade e da abstracção, mistura alhos, feijões e pernas de toucinho, sem nada assimilar da "matemática profunda em que assentam as coisas". Porque entre um escriturário, um médico, um tirador de fotocópias e um investigador de bactérias, até há muitos chefes que se autochefiam
Os nove veados e seis corças da Nazaré que foram a leilão privatizador continuam funcionários públicos. Infelizmente, não podem optar pela rescisão amistosa. Consta que vários javalis das matas públicas tendem a ter o mesmo destino. O problema está na respectiva captura. Espera-se que a próxima reforma administrativa consiga que o SIADAP nos livre dos bichos. Rezemos a D. Fuas Roupinho...
Van Roumpuy que se lê Rampói é um paciente político e não um eurocrata. Sempre simpatizei com o senhor flamengo que, dantes, até "facebookava". Como alás, não antipatizo com o nosso Pedro. Se a Bélgica está há mais de um ano sem governo, nada como um belga para nos saudar a resiliência. A minha racionalidade aplaude este discurso e subscreve os mesmos valores. Mas sinto que falta qualquer coisa.
Vítor Gaspar diz que na reunião de Bruxelas apenas precisou de 180 segundos para relatar a posição portuguesa, sustentada por 85% do parlamento. É por isso que vou assistir com toda a atenção ao debate entre Seguro e Assis. As acções do PS foram muito valorizadas. Valem mais que as do PSD, no tempo de apoio aos PEC e aos Orçamentos socráticos.
Moody's também manda a Irlanda para lixo onde já estávamos...
Em Portugal nenhum ministro das finanças foi recrutado por ter escrito que o Estado "ha assunto una posizione dominante di energumeno e di factotum politico: datore di lavoro, benefattore, cliente, committente, imprenditore, azionista, socio occulto, banchiere, estorsore, ricattatore, complice". De Giulio Tremonti, "Lo stato criminogeno. La fine dello Stato giacobino. Un manifesto liberale" (1998).
Trata-se de um ilustre professor de direito em Pavia. E considerado hoje pelos comentaristas correntes dos assuntos europeus, como a personalidade com mais credibilidade do regime berlusconiano.
É o senhor ministros das finanças da República Italiana.
A Itália, porque inventou a Carbonária, pode estar na linha da frente de gerar um jacobinismo antijacobino. VERDI!
Lá vi Seguro vs. Assis. Que chatice, gosto dos dois e estou de fora da família. Nem simpatizante. Fico, contudo, feliz. O velho PS tem futuro e vai mexer. Gosta de política e tem gente fixe.