Passos Coelho admitiu hoje que as autarquias têm sido muitas vezes “bastante mais eficientes a cuidar do dinheiro público” do que a administração central. Tem toda a razão. Elas fazem tão bem quanto as IPSS e as misericórdias. Logo, extinga-se tudo quanto é ministerial e passemos tudo a autarquias, para que, em nova extinção, decretada por outros centros, se atinja o nível da misericórdia, desde que esta não seja como a santa casa, isto é, uma secção do centro a jogar à lotaria.
Deus, não, é o máximo de administração central. Como sou conciliarista, prefiro os anjinhos, ainda não decaídos.
Atendendo a que há 4.260 freguesias e apenas 308 autarquias municipais, para além de 2 governos regionais e 1 governo central, com mais de 500 capelinhas, e porque a modernidade impõe o fim dos governos territoriais, determinamos: ficam extintas todas as freguesias e todos os governos regionais e centrais, devendo todos os cidadãos escolher livremente, até ao dia de são nunca mais, uma das 250 autarquias únicas a que os reduzimos. Paços da Troika, assinaturas ilegíveis em alemão.
Este foi um dos pontos da agenda secreta de Merkel com Barroso. Uma espécie de contrapartidas para o submergível dos eurobondes. Infelizmente, as secretas de Bruxelas, hackerizadas, acabaram por informar os que levaram a mais uma segunda-feira negra nas bolsas.