Leio, com tristeza, a proposta de regresso à estrela na identificação dos eus colectivos, proposto pelo comissário euro-cristão alemão, para que “as bandeiras dos pecadores da dívida" possam ser "colocadas a meia haste nos edifícios da União Europeia”. Daí que eu apoie Asia Bibi. Também não advogo que se identifiquem outros como puníveis pela blasfémia, usando a gamada ou a foice e o martelo.
Espero que Zé Manuel Barroso tenha sido suficientemente ex-maoísta na reprimenda que certamente deu ao seu colega de multinacional partidária...
Já agora...os países da UE que não são do euro, não deviam ter direito a haste, só pano embrulhado...com um fio de navalha.
E quando a Alemanha não cumpriu o défice, na convergência de Maastricht, será que ficou com metade do pano, com que se assoou...
O mais preocupante não é o que disse Gunther Oettinger, porque o que ele diz, como politiqueiro, será sempre igual ao que ele desdisser. O pior é que ele disse em voz alta o que amplas zonas sociológicas sentem e quer galgar a onda de uma ideia darwinista da presenta selva, a que só falta o regresso aos muros pretensamente separadores...É mesmo preocupante começarem a dizer em voz alta o que muitos calam, neste populismo hipócrita dos pretensos ricos e ortodoxos. Assim, como é que a Europa pode falar ao mundo se nem sequer consegue a harmonia interna!
Como português, os meus interesses nacionais, libertos da ideologia, só me dizem uma coisa: que eles sejam imediatamente derrotados pela via eleitoral!
Nisto de partidos na política internacional, sou muito pragmático: se os monárquicos alienígenas me invadirem, inscrevo-me logo no partido republicano e se só os comunistas fizerem resistência, passo a "partisan".