Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

08
Set 11

 

 

Se os nossos políticos meditassem nas memórias de António Teixeira de Sousa, António Maria da Silva e Marcello Caetano poderiam concluir que, às vezes, notáveis especialistas em ramos de árvore, poda e estrume, correm o risco de não prender coisa com coisa, não compreendendo o sentido geral da floresta e acabando arrastados pela força daquelas circunstâncias que os podem transformar em coveiros de regimes.

 

Pelo menos, importa reconhecer que os problemas económicos e financeiros, como os desta encruzilhada, só se resolvem com medidas económicas e financeiras, mas não apenas com as medidas económicas e financeiras.

 

Contra a força normativa dos factos, isto é, do memorando negociado por Sócrates, a actual maioria da aritmética parlamentar faz bem em procurar ir além da troika.

 

Só que, para vencermos o Adamastor, sem morrermos da cura, é inevitável navegarmos na geometria política e social de um acordo de regime.

 

Por outras palavras, o novo mapa deste fim-de-semana, para quem não quer ser grego, impõe a conjugação com um PS pós-socrático, que tem a favor dele o médio prazo de uma eventual derrota eleitoral de Merkel, Sarkozy e Berlusconi. Por outras palavras, antes de chegar o tempo do eventual princípio do fim, seria mais prudente consensualizarmos o fim do princípio, voltando a princípios que sejam os verdadeiros fins! 

publicado por José Adelino Maltez às 14:51

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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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