Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

11
Mai 11

O resumo prévio da telenovela campanheira de hoje anunciava um debate entre Sócrates e Louçã. O chefe de um governo de esquerda, mas com temperamento de direita, preferia chamar muleta da direita ao socialismo catedrático de um saudoso revolucionário de café.

 

Não me parece que Sócrates tenha perdido. Foi muito simplex no seu modelo repetitivo de picareta falante e quis vender a imagens que todos os outros partidos, da direita e da esquerda, são radicais e sectários. Ele sabe, de ciência certa, que há quem engula.

 

Louçã meteu golo com frases simples. Que a economia paga 5%, mas apenas cresce 2% e que seremos o único país da Europa em recessão. Ou que o problema são as auto-estradas, os estádios de futebol e os donos de Portugal, do grupo Melo da saúde, à Mota Engil. Há quem goste deste catedratismo.

 

Sócrates perdeu quando disse que falar em corrupção é ser demagogo. Ou quando declarou expressamente que a crise política foi da responsabilidade do Bloco. Mas Louçã também falhou quando disse querer uma conversinha com Sócrates, como se ainda houvesse a candidatura de Alegre, ou quando, apesar de doutorado em economia, não conseguiu suficientes explicações económicas.

 

publicado por José Adelino Maltez às 18:48

Maio 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9


28

31


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO