O micro-autoritarismo sub-estatal, que alguns qualificam como corporativismo, tanto vem das forças vivas que pretendem transformar o poder político em feitor de algumas forças económicas, como dos ocupantes dos interstícios tecnocráticos da mesa do orçamento, onde, como dizia Rodrigo da Fonseca, oposicionistas se transformam em alegres convivas...
Entre o país real e o país oficial, há sempre os intermediários, os comadres e os compadres de que falava Alexandre Herculano. Alguns deles passeiam-se por estes dias como os habituais emplastros dos líderes dos partidos dominantes nas suas visitas á província, entre jantaradas e feirinhas. São quase sempre irmãos-inimigos do mais do mesmo: o bloqueio do centrão mole e difuso...
A autoclausura reprodutiva de certas pretensas elites, as que fornecem fichas para os programáticos tecnocráticos, que os líderes tentam explicar, mas não conseguem comunicar. Porque lhe falta uma simples ideia de obra, não conseguem gerar manifestações de comunhão, dado que todos entendem as normas como hipocrisia, a do "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas".