Enquanto as campanhas levarem ao regresso de muitos primitivos actuais, à esquerda e à direita, todas as boas esperanças eleitorais são obrigadas ao arrastamento de muitas regressões mentais, entre fantasmas de direita e preconceitos de esquerda. É nesse intervalo que se dá a manutenção do situacionismo dos habituais donos do poder...
Eles lá vão cantando e rindo. A candidata do PCP vai mantendo conversas com o padrinho, que espera ser ministro do PSD. O candidado do PSD lá vai conversando com o chefe do PS, ambos engenheirando o eventual regresso ao Bloco Central. O velho marechal do CDS, passa as mãos patriarcais pelas suas viúvas de todo o espaço da partidocracia.
No meio do confusionismo, um senhor professor do Bloco lá continua a pensar que tem o monopólio da inteligência. Infelizmente, continua por cumprir o equilíbrio mínimo da decência que obrigava a casar a honra com a inteligência. O estado a que chegámos continua a ser o velho estado novo... Agora com o acordo com os credores a marcar o ritmo.