É previsível que o normal consista numa sucessão de acontecimentos anormais, dado que a maior parte dos factores de poder já não são intranacionais nem são controlados pelas próprias instituições europeias. O poder informal da geofinança desfez todos os velhos quadros formais.
Vivemos sempre à beira daquele perigoso conceito das forças vivas em movimento, para as quais o soberano é apenas aquele decide em estados excepcionais. Por outras palavras, a excepção já não confirma a regra. E quem não estiver preparado para a mudança pode arriscar, mas não petisca.
Ninguém come ideologias, mas até os pepinos podem ser objecto do regresso do racismo do pequeno confronto de civilizações intra-europeu. A malta das brumas e da meia-noite pensa que os tipos do meio-dia, da bacia do velho mar interior, aguentam as abstracções e os conceitos dos respectivos sistemismos. O marxismo branco continua...
O marxismo branco pode ser o direitismo actual que não consegue compreender como é que um velho liberal pode estar mais próximo de um libertário anarquista que de um futuro ministro pretensamente bem-comportado que quer passar no exame analítico do bom aluno, perante um desses contínuos eurocratas que nos reduzem a simples folhas de "Excel" vistas com "ad usum catrogae".
Há muita gente que não percebe que quem mais ganha com a guerra entre os canhotos de ontem e os endireitas de hoje são sempre os bonzos que nos instrumentalizam...