Registo de algumas análises, farpas e aforismos no Facebook de José Adelino Maltez

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Jun 11

É previsível que o normal consista numa sucessão de acontecimentos anormais, dado que a maior parte dos factores de poder já não são intranacionais nem são controlados pelas próprias instituições europeias. O poder informal da geofinança desfez todos os velhos quadros formais.

 

Vivemos sempre à beira daquele perigoso conceito das forças vivas em movimento, para as quais o soberano é apenas aquele decide em estados excepcionais. Por outras palavras, a excepção já não confirma a regra. E quem não estiver preparado para a mudança pode arriscar, mas não petisca.

 

Ninguém come ideologias, mas até os pepinos podem ser objecto do regresso do racismo do pequeno confronto de civilizações intra-europeu. A malta das brumas e da meia-noite pensa que os tipos do meio-dia, da bacia do velho mar interior, aguentam as abstracções e os conceitos dos respectivos sistemismos. O marxismo branco continua...

 

O marxismo branco pode ser o direitismo actual que não consegue compreender como é que um velho liberal pode estar mais próximo de um libertário anarquista que de um futuro ministro pretensamente bem-comportado que quer passar no exame analítico do bom aluno, perante um desses contínuos eurocratas que nos reduzem a simples folhas de "Excel" vistas com "ad usum catrogae".

 

Há muita gente que não percebe que quem mais ganha com a guerra entre os canhotos de ontem e os endireitas de hoje são sempre os bonzos que nos instrumentalizam...

 

publicado por José Adelino Maltez às 14:09

Junho 2011
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Biografia
Bem mais de meio século de vida; quarenta e dois anos de universidade pública portuguesa; outros tantos de escrita pública no combate de ideias; professor há mais de trinta e cinco e tal; expulso da universidade como estudante; processado como catedrático pelo exercício da palavra em jornais e blogues. Ainda espera que neste reino por cumprir se restaure a república
Invocação
Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
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